Rio não sabe "do que é que andaram à procura" mas levaram-lhe o telemóvel

O ex-presidente do PSD relatou aos jornalistas que a PJ lhe levou o telemóvel: "É sempre feio quando as coisas acontecem desta forma. Isto é para produzir notícias".

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Marta Amorim com Lusa
12/07/2023 16:30 ‧ 12/07/2023 por Marta Amorim com Lusa

Política

buscas PSD

Já fora de casa, e após as buscas da Polícia Judiciária (PJ), Rui Rio falou esta tarde aos jornalistas, revelando que tudo serviu para afetar a sua imagem. O ex-presidente do PSD relatou ainda aos jornalistas que a PJ lhe levou o telemóvel, mas que desconhece o que procuram. 

"É sempre feio quando as coisas acontecem desta forma. Isto é para produzir notícias. Eu estou fora da política e não conto voltar, estou farto disto", atirou. 

"Não fui constituído arguido e nem sei do que é que andaram à procura", disse, asseverando que este processo "não moraliza muito".

"Os pagamentos não são ilícitos, isto são os partidos todos, porque é que o PSD? Se alguma coisa aconteceu no meu tempo foi uma reforma no sentido de moralizar ao máximo tudo isto, que não é que estivesse mal, mas moralizar, pôr direito", afirmou.

"Tudo isto é para afetar a minha imagem", acrescentou, dizendo-se "tranquilo".

Rui Rio afirmou ainda não ter falado com a liderança do partido, facto que se deve também ao facto de a PJ lhe ter apreendido o telemóvel. 

"Não estou é tranquilo com o país. Mas já não tenho uma esperança muito grande no país", afirmou ainda, à saída de casa. 

Recorde-se que a Polícia Judiciária (PJ) mobilizou hoje cerca de 100 inspetores e peritos para buscas na casa do ex-presidente do PSD Rui Rio e na sede nacional do partido, por suspeitas dos crimes de peculato e abuso de poderes.

Segundo o comunicado da PJ, foram realizadas 20 buscas, das quais 14 domiciliárias, cinco a instalações do partido e uma a instalações de um revisor oficial de contas, dispersas pela zona da Grande Lisboa e na região norte do país. 
 
"Está em causa a investigação à utilização de fundos de natureza pública, em contexto político-partidário, existindo suspeitas da eventual prática de crimes de peculato e abuso de poderes (crimes da responsabilidade de titulares de cargos políticos), a factos cujo início relevante da atuação se reporta a 2018", indicou a nota da força de segurança.

Leia Também: Buscas à sede do PSD? "Já nada me surpreende" 

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