Cravinho sobre Capitão Ferreira: "Não me devia nenhum tipo de explicação"

João Gomes Cravinho assegurou que o "comportamento" de Marco Capitão Ferreira, "seja enquanto foi assessor do Ministério da Defesa, seja quando foi presidente do idD Portugal Defence" - após nomeado pelo próprio Gomes Cravinho - "não apresenta qualquer tipo de dúvidas".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Ema Gil Pires
18/07/2023 23:22 ‧ 18/07/2023 por Ema Gil Pires

País

João Gomes Cravinho

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, garantiu não ter "nenhuma explicação a dar" no âmbito das suspeitas de corrupção pendentes sobre o ex-secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira. "Nem ele me devia nenhum tipo de explicação", apontou, esta terça-feira.

Assegurando que não falou com Capitão Ferreira "nas últimas semanas", em declarações proferidas no programa 'CNN Town Hall', o também antigo ministro da Defesa garantiu que o "comportamento dele, seja enquanto foi assessor do Ministério, seja quando foi presidente do idD Portugal Defence" - após nomeado pelo próprio Gomes Cravinho - "não apresenta qualquer tipo de dúvidas".

Porém, questionado sobre as justificações que o ex-secretário de Estado ainda tem por dar após ter sido constituído arguido por corrupção e participação económica em negócio, no âmbito da operação 'Tempestade Perfeita', o governante considerou que todo o processo está a correr tal como devia.

E elaborou: "Enquanto secretário de Estado, apresentou a demissão, explicando à senhora ministra que considerava não ter condições para continuar a exercer essas funções. Falou com a senhora ministra, era com ela que tinha de falar, e ele dará agora todas as explicações, a quem de direito, no âmbito da Justiça".

Quanto às inquirições políticas relativamente ao caso 'Tempestade Perfeita', João Gomes Cravinho disse ainda que estará, "juntamente com a senhora ministra da Defesa Nacional, na sexta-feira, no Parlamento", apontando-o como o "local adequado para o debate e para o esclarecimento político".

"E isso é muito bom, porque surgiram várias questões mal-explicadas através da comunicação social, e há que meter tudo em pratos limpos", destacou ainda.

Sobre os "três anos e vários meses" em que foi o titular máximo da pasta da Defesa Nacional, o atual ministro português dos Negócios Estrangeiros deixou uma questão: "numa instituição grande podem existir coisas que correm mal?" E apressou-se a responder: "Com certeza. E quando isso acontece, há que ir à raiz do problema, há que pedir inspeções, há que entregar material que se justifique à PGR (Procuradoria-Geral da República), e foi isso que aconteceu".

Gomes Cravinho concluiu, deixando um alerta: "mas isso não deve ser razão para se colocar um ponto de interrogação sobre o bom funcionamento no nosso Ministério da Defesa e das nossas Forças Armadas".

O debate surge depois de António Costa ter proposto a exoneração do secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência de um pedido do próprio.

Tudo isto após o jornal Expresso ter noticiado que o até agora secretário de Estado tinha contratado um assessor fantasma quando liderava a holding da Defesa, IdD - Portugal Defence. Terá admitido Miguel Fernandes, ex-administrador do Alfeite, para assessor da administração, embora o gestor nunca tenha sido visto a exercer funções nesse local.

Leia Também: Corrupção? António Costa acusa críticos de "construção de uma mentira"

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