No habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes disse acreditar que o primeiro-ministro, António Costa, irá manter-se no cargo até ao fim da legislatura, mas considerou inevitável uma remodelação do Governo.
Sobre o próximo ano político, diz que este vai ser dominado "pela parte fiscal" e que tem vários desafios.
Tanto o Governo como o Partido Social Democrata (PSD), querem reduzir impostos, diz, e o PSD "antecipa já no Pontal, a 14 de agosto, a sua proposta".
"A prioridade dessa proposta será a redução do IRS. Depois, o Governo avançará em setembro com a sua", refere.
Depois, falou sobre a eventual remodelação. "Vai acontecer, só não se sabe é quando. Pode ser no fim de 2023 ou em 2024", afirma.
"A expectativa é saber quem sai, mas, sobretudo, sobre quem entra. Quem serão os novos ministros? Haverá capacidade de recrutar os melhores e mais prestigiados?", atira.
Em terceiro lugar, faz ainda considerações sobre as eleições europeias. "São eleições vitais - quer para o PSD, quer para o PS. Luís Montenegro precisa de vencer para reforçar a sua liderança. António Costa precisa, por outro lado, de ganhar para evitar instabilidade. O grande problema do PSD é o Chega e, por sua vez, o grande problema do PS é o desgaste do Governo e o risco de 'cartão amarelo'", refere ainda em comentário à SIC.
Por fim, o último desafio: umas possíveis eleições antecipadas. Para Marques Mendes, tal acontece apenas num cenário, que é o de Costa sair para um cargo europeu. Contudo, o comentador não acredita nesse cenário.
Jornada Mundial da Juventude
Luís Marques Mendes fez também, inevitavelmente, um balanço da Jornada Mundial da Juventude. Para o comentador, as expectativas foram superadas, quer no número de participantes, quer "na alegria, energia e entusiasmo".
Esta Jornada tinha que correr não bem, mas muito bem. E de facto foi um grande sucesso
Por ser a primeira JMJ depois da pandemia e depois da polémica dos abusos sexuais no seio da Igreja, Marques Mendes considera que este evento ficará "na História".
"Por causa disto tudo esta Jornada tinha que correr não bem, mas muito bem. E, de facto, foi um grande sucesso", afirmou.
E foi um sucesso, diz, para todas as partes envolvida: para Portugal, pela organização, para a Igreja - porque "estava a atravessar sérias dificuldades reputacionais" -, mas também para os fiéis.
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