Do 'não, nunca' ao que não rejeita nada. (Ainda) o assunto presidenciais
Assunto voltou a aquecer o fim de semana, com a recusa de Durão Barroso. Santos Silva também quebrou o silêncio sobre o tema e, na Festa do Avante!, Paulo Raimundo deixou críticas ao debate em torno da corrida a Belém.
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Política Eleições Presidenciais
O tema das presidenciais voltou a estar na ordem do dia, este fim de semana, numa altura em que decorre a Festa do Avante!, que marca a rentrée do PCP, e a Universidade de Verão do PSD.
Primeiro, chegou o 'não' redondo de Durão Barroso, um dos nomes que tem sido apontado para a corrida a Belém em 2026. O antigo líder do PSD voltou hoje a afastar uma candidatura a Presidente da República e defendeu que "ganhar as eleições" europeias será fundamental para o partido voltar à governação.
No final de uma 'aula' na Universidade de Verão do PSD, Durão Barroso foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de se candidatar a Presidente da República, mas recusou voltar ao tema "todas os dias", remetendo para declarações feitas em fevereiro em que afastou estar na corrida a Belém, dizendo que a sua convicção "é exatamente a mesma".
Questionado se, no seu caso, "um nunca é mesmo um nunca", respondeu: "Exatamente, já disse".
Não estou com qualquer disponibilidade para intervenção política partidária, a não ser exprimir a minha opinião", assegurou.
No centro esquerda, o assunto foi abordado com mais leveza por Augusto Santos Silva, que, questionado sobre o assunto, afirmou não recusar nem uma candidatura "à junta de freguesia".
Em Ponte da Barca, na escola de verão sobre assuntos europeus, o presidente da Assembleia da República ironizou sobre o tema que tem dominado a agenda política nos últimos dias, mas frisou que ainda é cedo para decisões.
Posso repetir o que já disse, que não enjeito em absoluto qualquer candidatura, seja ela a que cargo for, incluindo à minha junta de freguesia", afirmou.
Quem parece também não ver nenhum benefício na discussão antecipada sobre o sucessor de Marcelo Rebelo de Sousa é o secretário-geral do PCP, que foi questionado sobre o assunto na Festa do Avante!, este sábado.
Para Paulo Raimundo, contudo, a corrida a Belém é um "debate de pessoas que não têm assunto", criado pela Direita.
"Como a Direita não tem assunto, porque no fundamental, no que é estruturante, está ao lado das opções do Governo do Partido Socialista, tem de criar assunto, e criou esse assunto", defendeu, recordando que faltam cerca de três anos para as eleições presidenciais.
Quem voltou também a ser instado a comentar o tema foi o próprio presidente da República, que se manifestou mais preocupado com as eleições europeias do próximo ano do que com o seu sucessor em 2026.
Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ser candidato a Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa disse estar mais preocupado, "de longe", com as eleições europeias, porque vão servir para medir o "pulso da Europa".
Os populismos sobem, não sobem? Os partidos que estão no poder aguentam ou não aguentam? Os partidos mais europeístas aguentam ou não aguentam? Isso é mais importante", frisou o Presidente da República em declarações aos jornalistas em São João da Pesqueira, onde visitou a Vindouro.
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