Rendas mais caras? "Estado só pode ser generoso até um certo ponto"
As palavras são do socialista Sérgio Sousa Pinto, a propósito dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que davam conta de que as rendas podem subir 6,94% em 2024.
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Política Sousa Pinto
Após conhecimento de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que davam conta de que as rendas podem subir 6,94% em 2024 se o Executivo não voltar a travar aumentos como fez este ano, o socialista Sérgio Sousa Pinto considerou que "o Governo certamente vai tomar alguma medida".
No programa Crossfire, emitido pela CNN, Sousa Pinto elaborou que o "Governo terá de encontrar uma solução de equidade entre os inquilinos, os senhorios, aqueles que são devedores dos seus créditos à habitação". "Todos estes têm de ser tidos em conta", acrescentou.
O socialista explicou, de seguida, que, no que diz respeito aos inquilinos, "são evidentemente confrontados com uma situação de emergência". Quanto aos senhorios, "já foram penalizados o ano passado" com o travão às rendas.
Lembrando a possibilidade de a Alemanha entrar em recessão e das economias europeias estarem interligadas, Sousa Pinto alerta que o "Estado só pode ser generoso até um certo ponto". "Os recursos disponíveis e a situação orçamental do Estado é confortável mas a repartição dos sacrifícios e as medidas tomadas no sentido de aliviar certos setores da sociedade portuguesa têm de ser geridos com racionalidade prevendo um agravamento da situação económica do país", apontou ainda.
De notar que o valor das rendas poderá aumentar 6,94% em 2024 se o Governo não voltar a travar aumentos como fez este ano, segundo os números da inflação dos últimos 12 meses até agosto, divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados do INE, nos últimos 12 meses até agosto a variação média do índice de preços, excluindo a habitação, foi de 6,94%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a atualização anual das rendas para o próximo ano, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).
Recorde-se ainda que a Comissão Europeia reviu em baixa a previsão de crescimento do PIB para toda zona Euro em 2023 e projetou que a Alemanha terminará o ano em recessão.
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