"O acordo foi firmado dentro de princípios fundamentais de confiança e de integridade entre as duas força políticas", disse, esta tarde, Miguel Albuquerque, o líder do Governo Regional da Madeira, acrescentando que o acordo com o PAN é "muito sério".
Confirmando o que já disse esta tarde o partido Pessoas–Animais–Natureza, pela voz de Mónica Freitas, Albuquerque afirmou que o acordo contempla "parte do programa do PAN".
"Estamos muito satisfeitos, são negociações que foram encetadas e concluídas de boa-fé, tendo em vista a salvaguarda dos interesses da região autónoma da Madeira e da sua população e tendo em vista abarcar um horizonte de quatro anos", afirmou ainda o líder da coligação PSD/CDS.
Questionado pelos jornalistas se espera "complicações", Albuquerque negou, lembrando que já com o CDS estas nunca existiram.
Diálogo com IL não está posto de parte
Miguel Albuquerque firmou ainda estarem "disponíveis para falar também com a Iniciativa Liberal". "Não tenho nenhum problema", asseverou.
"Há um conjunto de propostas da IL que estão integradas naquilo que são os nossos princípios e é uma das forças políticas com quem podemos dialogar. Não não somos um Governo avesso ao diálogo", cimentou.
O presidente do Governo Regional e líder do PSD/Madeira assegurou, por outro lado, não ter sido pressionado pela direção nacional do partido para negociar o acordo com a IL e não com o PAN.
"Eu fui por modo próprio e iniciativa própria. Não sou muito de ser pressionado", afirmou.
Ao ser questionado porque escolheu negociar com o PAN e não com a IL, Albuquerque respondeu: "É uma boa pergunta e eu vou-lhe dizer a resposta: Porque escolhi".
Recorde-se que a coligação liderada por Miguel Albuquerque alcançou um acordo na Madeira com o PAN para conseguir uma maioria parlamentar, depois de ter vencido as eleições deste domingo sem maioria absoluta.
De acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação formada por PSD e CDS-PP venceu no domingo as eleições legislativas regionais da Madeira, com 43,13% dos votos, mas sem conseguir obter maioria absoluta, elegendo 23 dos 47 deputados.
O PS elegeu 11 deputados, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada. O Chega e a IL vão estrear-se na Assembleia Legislativa da Madeira, enquanto PAN e BE regressam ao parlamento.
[Notícia atualizada às 18h05]
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