A entrevista do líder do Partido Social Democrata (PSD) no programa Town Hall da TVI/CNN, esta segunda-feira, ficou marcada pelo anúncio da sua recandidatura à liderança do partido no próximo ano, independentemente do resultado das eleições europeias de junho de 2024.
Luís Montenegro afirmou ainda ser contra o travão às rendas, pediu um pacto na saúde, defendeu a privatização a 100% da TAP, de forma gradual, e admitiu uma reflexão" sobre a renacionalização da REN. Além disso, deixou claro que PSD pode não acordar uma solução para o novo aeroporto - tudo depende do relatório da comissão independente, que tem de ser integralmente "técnico e rigoroso". Voltou também a excluir qualquer aliança com o Chega, mas não afastou essa possibilidade com a Iniciativa Liberal.
Em conversa com o público, admitiu até que pode vir a governar sem maioria no Parlamento. Confrontado com o regresso de Pedro Passos Coelho e interrogado sobre se receia que este venha a ser candidato a Presidente ou a primeiro-ministro, o social-democrata foi claro: "O candidato a primeiro-ministro sou eu".
De fora não ficaram os ataques ao primeiro-ministro, António Costa, descrito por Montenegro como o "maior cobrador de impostos da história", que "entre fazer justiça social em 2023 ou fazer eleitoralismo em 2024, optou pela segunda via".