Montenegro reafirma que orçamento "não resolve nada" na saúde e habitação
O presidente do PSD reafirmou hoje que o Orçamento do Estado para 2024 "não resolve nada" na habitação, educação e saúde, continuando com a "marca indiscutível de António Costa" que é bater "recordes de impostos" a cada ano.
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Política OE2024
"O país continua com este nono orçamento do doutor António Costa, é o nono orçamento dele a ter uma marca que é indiscutível, que é impostos máximos e serviços públicos mínimos", afirmou Luís Montenegro após uma viagem de metro entre estações em Matosinhos, no distrito do Porto, no âmbito de mais uma edição da iniciativa "Sentir Portugal' que leva o social-democrata a passar uma semana por mês em cada distrito do país.
Segundo Montenegro, o "grande legado" que o primeiro-ministro deixa é ser o "maior cobrador de impostos da história de Portugal", fazendo questão de bater o recorde a cada ano.
"Ele, de facto, tem mérito, não se cansa, ele todos os anos bate recordes de impostos", acrescentou.
Depois de conversar com algumas pessoas, nomeadamente jovens a quem disse que Portugal é hoje um país mais pobre após oito anos de governação do PS, o líder do PSD referiu que não haverá surpresas no sentido de voto do partido porque, tal como perspetivava, o orçamento não trouxe qualquer novidade.
"Olhamos para o Orçamento do Estado e o que vemos? Vemos que a carga fiscal vai aumentar outra vez, vemos que há uma aparência de dar com uma mão uma descida de IRS, embora muito limitada para alguns escalões, e se vai tirar com uma ou até com as duas por via dos impostos indiretos mais do que já se tirou este ano, nomeadamente no IVA e no ISP as coisas que estão associadas e de forma igual para todos ao consumo, aos alimentos, aos combustíveis e à energia", frisou.
Ao mesmo tempo, prosseguiu, a proposta orçamental do Governo não resolve nada do que é fundamental na educação, saúde e habitação.
o Governo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,2% em 2023 e 1,5% em 2024 e que a taxa de inflação diminua para 5,3% neste ano e 3,3% em 2024.
O executivo chefiado por António Costa pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,8% do PIB em 2023 e de 0,2% em 2024. Quanto ao rácio da dívida pública, estima a sua redução para 103% do PIB neste ano e para 98,9% em 2024.
A proposta de Orçamento do Estado para 2024 vai ser discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. A votação final global está marcada para 29 de novembro.
O Orçamento do Estado tem aprovação garantida pela maioria parlamentar do PS.
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