Mortágua "solidária" com Guterres e Tavares alerta: "Preocupante"

Líderes do Bloco de Esquerda e do Livre, respetivamente, mostraram-se solidários com o secretário-geral das Nações Unidas, após ter sido acusado de "apoiar o terrorismo". Já a socialista Isabel Moreira defendeu que Guterres "não justificou o Hamas, pelo contrário".

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Notícias ao Minuto
25/10/2023 07:59 ‧ 25/10/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Israel/Palestina

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, mostrou-se, na madrugada desta quarta-feira, solidária com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, após o embaixador israelita na ONU o ter acusado de "apoiar o terrorismo".

"Estou solidária com António Guterres", declarou Mortágua no X (antigo Twitter), na sequência das declarações do secretário-geral da ONU, que disse que os ataques do Hamas "não aconteceram do nada".

"Bastou dizer o óbvio para que António Guterres ficasse sob assédio do regime israelita. Face ao genocídio, são poucas as vozes que se ouvem pela paz e pelo direito internacional. O Governo português devia expressar apoio ao secretário geral da ONU", disse a líder do Bloco de Esquerda.

Na mesma rede social, Rui Tavares, líder do Livre, realçou que quem critica Guterres "por também falar da 'ocupação sufocante' de que são vítimas os palestinos sabe a diferença entre justificar e entender".

"Mas interessa-lhe confundir e minar a credibilidade do SG da ONU. Só por si preocupante", alertou.

Do lado de Guterres colocou-se, também, a deputada do Partido Socialista Isabel Moreira, com uma mensagem curta na rede social X (antigo Twitter). "Ouvir António Guterres. Não joga com as palavras", escreveu, partilhando o polémico discurso do secretário-geral da ONU.

"Opiniões. Já sabemos. Pois a minha resulta de ouvir António Guterres. Não justificou o Hamas, pelo contrario. E foi firme na defesa do direito e no apelo a um cessar-fogo nos termos em que o fez. Não contem comigo para desacreditar a ONU. A UE anda muito bem, se calhar", continuou Isabel Moreira.

Recorde-se que a indignação do Governo israelita foi manifestada na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU dedicada ao conflito em curso no Médio Oriente, quando Guterres condenou inequivocamente os "atos de terror" e "sem precedentes" de 7 de outubro perpetrados pelo Hamas em Israel, mas admitiu ser "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita "não aconteceram do nada", frisando que o povo palestiniano "foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante".

O embaixador israelita junto da ONU, Gilad Erdan, disse à agência Lusa que Telavive - que pediu a demissão de Guterres - terá "definitivamente" de fazer "uma avaliação sobre as relações com a ONU".

"Depois daquilo que o líder desta organização (Guterres) acabou de dizer esta manhã, apoiando o terrorismo, não há outra forma de explicar. Obviamente, o nosso Governo terá de reavaliar as relações com a ONU e os seus funcionários que estão estacionados na nossa região", acrescentou o representante diplomático.

[Notícia atualizada às 10h33]

Leia Também: Palavras de Guterres? "Escandalosas", dizem famílias de reféns do Hamas

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