O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, deu conta, esta segunda-feira, após reunir com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que propôs (novamente) uma alteração ao Orçamento de Estado para próximo ano, defendendo um IRS para 2024 com apenas três escalões.

Segundo Rui Rocha, em declarações aos jornalistas, o objetivo é conseguir "um IRS mais baixo, simples e justo para todos os portugueses". "Mantemos esta visão de que é preciso desagravar os impostos para todos, o IRS para todos e sobretudo para quem tem rendimentos situados entre os rendimentos mais baixos e na classe média", acrescentou ainda.

Questionado sobre se o Presidente da República acolheu a proposta, Rui Rocha respondeu: "Da mesma maneira que não é desejável que o senhor Presidente da República se pronuncie sobre a proposta do OE2024 do Governo, também não esperávamos que se pronunciasse concretamente sobre a visão que a IL tem nesta matéria".

"Agora há um conjunto de preocupações que eu diria que são partilhadas com o senhor Presidente da República e que tivemos oportunidade de discutir nesta audiência, tais como a necessidade de mais ambição para o país, de que haja um crescimento económico do país, e preocupações na Saúde", destacou ainda o presidente da IL.

E a Efacec? "Não foi tema", mas...

Já sobre a necessidade de uma Comissão de Inquérito para apurar o que está em causa na venda da Efacec, Rui Rocha esclareceu que "não foi tema da reunião", mas lembrou a audição que decorre no Parlamento ao ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, durante a qual será apresentada a posição da IL - que "reforça a necessidade de uma Comissão de Inquérito".

Segundo Rui Rocha, o objetivo é "esclarecer totalmente aquilo que se passou desde o momento que há uma decisão de nacionalização, até ao momento em que acaba por saber-se qual é o contorno com a entidade que adquire a Efacec".

"Não foi tema desta reunião mas foi tema do dia porque decorre a audição no Parlamento", sublinhou.

O Presidente da República começou, esta segunda-feira, a receber os partidos com assento parlamentar em audiências que terminam na quarta-feira e que têm como principal tema o Orçamento do Estado para 2024, que está em discussão na especialidade.

Na terça-feira passada, a proposta do Governo de Orçamento para o próximo ano foi aprovada com os votos da maioria absoluta do PS, as abstenções dos deputados únicos do PAN e Livre, e rejeitada pelo PSD, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PCP.

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