Montenegro critica a geringonça, PNS, e o Governo que "caiu de podre"
Luís Montenegro abriu o 41.º Congresso do partido com críticas a Pedro Nuno Santos e ao Governo atual.
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Política PSD
Luís Montenegro discursou na abertura do Congresso do Partido Social Democrata (PSD), dizendo que, quando propôs a marcação deste Congresso para o dia 25 de novembro, em Setúbal, fê-lo por ser "uma oportunidade para lembrar que a liberdade nunca é um valor garantido em termos definitivos".
Esta, defendeu, constrói-se e garante-se na base da moderação. "Os extremismos, radicalismos, imaturidade, sejam de Esquerda, sejam de Direita, subvertem a escolha livre", começou por dizer.
Perante o aplauso da plateia, criticou a geringonça, as "nacionalizações, os baixos salários, a subsidiodependência, a arrogância", e os "impostos máximos".
Sugerindo que é preciso dizer “não ao Gonçalvismo, agora numa versão moderna que se batizou como geringonça”, o responsável atirou que "o seu defensor não se chama Vasco, chama-se Pedro e tem uma cinderela chamada Mortágua”, ironizou, perante aplausos.
Já sobre as eleições que se aproximam, Montenegro indicou que, "48 anos depois, o Partido Socialista não derrubou muro nenhum; saltou o muro e prepara-se para deixar isso ainda mais claro".
"Acredito que muitos socialistas se estejam a sentir órfãos com esta deriva radical e imatura", complementou.
Dirigindo-se aos portugueses, atacou Pedro Nuno Santos com o episódio do aeroporto. “Aos que acreditam que decisão de localização do novo aeroporto não é capricho de uma pessoa que acordou de manhã e disse ao espelho: 'espelho meu, quem decide um aeroporto mais rápido do que eu?'”
Portugueses têm no PSD moderado porto de abrigo e porto seguro do seu voto"
“Os portugueses têm no PSD moderado, aberto, humilde, responsável o porto de abrigo o porto seguro do seu voto”, resumiu.
E atirou: “O PSD não é extremista, não é radical, não é ultraliberal. Este PSD, que mais do que ser de Direita ou de Esquerda, é para para as pessoas, é uma casa segura para aqueles que, tendo acreditado no PS, não se reveem neste novo 'gonçalvismo' travestido de ‘geringonça'."
O ataque a Pedro Nuno Santos continuou, comparando-o com José Sócrates: "Quando mais fiel e fervoroso adepto da geringonça se apresenta agora a falar mansinho, com a doçura de plástico, vem agora falar assim é caso para dizer: ‘Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo’. Deus nos livre de ter uma nova geringonça", afirmou.
Atacando os dois candidatos do PS, disse ainda que "ambos fizeram parte do núcleo que trouxe caos ao SNS, instabilidade à escola pública, impotente para travar emigração de jovens qualificados e que abandonou setores estratégicos como a agricultura".
Afirmou, além disso, que ambos "incitaram aliança com Bloco de Esquerda", partido que "quer Portugal fora da UE", e "abraçaram o Partido Comunista Português, que é o mais reacionário da Europa".
Numa vertente já conhecida do discurso, disse que não é "quem vai abrir a porta ao radicalismo e ao extremismo".
"Não vale a pena virem espantar o país com esse tipo de tiradas. Nós, no PSD, estamos muito esclarecidos", asseverou.
O Governo não caiu por causa de um parágrafo ou processo, o Governo caiu de podre"
"O Governo não caiu por causa de um parágrafo ou processo, o Doverno caiu de podre", disse.
"Foram demasiadas mentiras, abuso de poder, arrogância, falta de decência e transparência na vida política. Sempre que PS está no Governo usa estrutura como intermediário entre cidadãos e Estado e é sempre com o PS que Estado se intromete nos negócios", denunciou.
"O Governo caiu porque era insuportável insistir numa equipa feita em pedaços depois de 14 demissões", afirmou, dizendo que os membros do Executivo perderam "autoridade e respeitabilidade" para falar com os portugueses.
Não são as pessoas que estão erradas quando não votam em nós"
Voltado a falar para os portugueses, adendou que "o povo é sábio" e que "não vai beneficiar o infrator". "Mas sabemos que isso não é suficiente para ganhar eleições e governar o país. Não são as pessoas que estão erradas quando não votam em nós; nós é que não lhe estamos a dar os argumentos para votarem em nós", continuou.
"Só serei primeiro-ministro se vencer as eleições. Estou aqui de peito aberto", assegurou, ressalvando que "Portugal não tem de estar na cauda da Europa"
E concretizou; "É uma terra de gente valente, já descobriu novos mundos e tem como desafio pôr o mundo a descobrir Portugal."
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