Arnaut apela à união e adverte para "máquina de campanha do PS"
O ex-ministro social-democrata José Luís Arnaut apelou à união do partido, no 41.º Congresso, e pediu que os militantes não se deixem condicionar "pela máquina de campanha do PS".
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Política PSD/Congresso
No 41.º Congresso do PSD, que decorre hoje em Almada (distrito de Setúbal), o antigo secretário-geral do PSD José Luís Arnaut lembrou que "há vários anos" que não se dirigia aos militantes numa reunião magna social-democrata mas justificou a intervenção "dado a gravidade do momento" que o país atravessa.
O social-democrata apelou à união do partido e alertou os militantes para que não se deixem condicionar "pela máquina da campanha do PS".
"O que importa é que o PSD ganhe as eleições [legislativas de 10 de março] e que haja pelo menos 116 deputados à direita do PS", defendeu.
Arnaut defendeu que "o que dizem" de Luís Montenegro "não é diferente do que disseram de Francisco Sá Carneiro, Cavaco Silva, Durão Barroso, Passos Coelho, e recentemente de Carlos Moedas".
"Tudo valia como tudo vale hoje: a mentira é uma realidade. A mentira da falta de carisma, da falta de equipa, da má estratégia de comunicação, da oposição frouxa, enfim, tudo servia e tudo serve. Mas nós já vimos este filme e nós juntos vamos responder-lhes. Vamo-nos mobilizar e vamos mobilizar o país que está cansado deste PS e destes oito anos", apelou.
Já o social-democrata José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores, defendeu que o PSD "é um partido de governação e daí o seu compromisso em realizar o desenvolvimento de Portugal".
"Nós somos um projeto de governação, nós não temos a ambição do poder, temos sim a missão de governar", defendeu, considerando que "o projeto do PS é um projeto de poder" levando à "tendência para o abuso dele e para os casos e casinhos".
Bolieiro expressou ainda a sua "profunda convicção" de que "a serenidade, determinação, competência e compromisso" de Luís Montenegro "farão Portugal andar para a frente".
Momentos antes, o líder da Juventude Social Democrata (JSD), Alexandre Poço, afirmou que "o estado a que o país chegou após oito anos de socialismo", não deve suscitar "a mínima dúvida" sobre o que o PSD tem que fazer nos próximos meses.
"Em cada urgência encerrada, em cada escola sem professores, a cada jovem sem casa, a cada português que está farto de pagar mais impostos, a resposta que nós, militantes do PSD, de que nós, portugueses, que amam o seu país, têm de dar é apenas uma: garantir que após António Costa, o próximo primeiro-ministro de Portugal é Luís Montenegro", considerou.
Alexandre Poço pediu ainda aos militantes para que "imaginem o que é pensar num Conselho de Ministros com Pedro Nuno Santos [PS], Mariana Mortágua [BE]" no qual "provavelmente estará na parede um quadro de Karl Marx e Lenine".
"A mensagem é simples, para daqui até 10 de março: de um lado Pedro Nuno Santos e Mariana Mortágua. Do nosso lado, a moderação, a decência e um líder que vamos fazer primeiro-ministro de Portugal", rematou.
Momentos após estas intervenções, foi exibido um vídeo com uma mensagem de Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, que defendeu que a União Europeia necessita de "líderes responsáveis" e elogiou "o espírito de compromisso de Luís Montenegro".
"Sabemos o que significa liderar. Liderar com responsabilidade, ética, para o bem comum e lutar contra a corrupção, liderar contra o populismo e extremismo", afirmou, num vídeo com várias fotografias de Montenegro e Metsola.
Também o presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, defendeu que "o PSD é a solução para Portugal" e considerou que "o Governo socialista empobreceu o povo português, deteriorou os serviços públicos", aumentou impostos e "comprometeram a integridade das instituições".
Num outro vídeo, o espanhol Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP), considerou que Luís Montenegro é "a grande esperança" do país e que "já cheira a mudança em Portugal".
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