O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo marcou, esta segunda-feira, presença no Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins, em Sintra, onde 37 mil utentes não têm médico de família.
"Mais de 80% da população que está inscrita neste centro de saúde, nesta freguesia que é a maior freguesia do país, com uma dimensão brutal, não tem médico de família. É preciso responder às necessidades das pessoas", começou por dizer o responsável comunista-
Para Paulo Raimundo, "o que faz falta em Algueirão-Mem Martins é o que faz falta em praticamente todos os centros de saúde. Médicos, enfermeiros, técnicos e aqui até faltam administrativos que é uma coisa que é nova para mim" e para "dar resposta aos utentes é preciso garantir os profissionais de saúde, fixar os profissionais, criar condições de trabalho, valorizar as suas carreiras e salários". "Não vale a pena a gente iludir-se, isto não vai lá com outras medidas", atirou.
Algo que poderia ser de outra forma, caso, defende o comunista, "tivessem sido adotadas as propostas que o PCP fez". "Não tínhamos o problema todo resolvido, mas tínhamos o problema com muito menos gravidade do que tem hoje", salientou, acrescentando que tais problemas só dão oportunidade a quem quer fazer do SNS um negócio.
"Há quem esteja a olhar para isto com uma bela oportunidade de negócio, para abrir portas para o setor privado e isso não é nenhuma solução, como se vê todos os dias", concluiu.
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