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IL quer audição de ministro sobre "resultados negativos" do PISA
A IL defendeu hoje que os "resultados francamente negativos" do PISA de 2022 mostram que "esta é a geração mais abandonada de sempre" quanto à educação, pedindo um debate de urgência e a audição do ministro em comissão parlamentar.
© Facebook/Rui Rocha
Política Iniciativa Liberal
Em declarações à agência Lusa, o presidente da IL, Rui Rocha, afirmou hoje que os dados do PISA de 2022 conhecidos esta manhã são "os piores resultados desde 2006", o que significa que Portugal retrocedeu "quase duas décadas" e está "abaixo da média da OCDE em todas as três dimensões avaliadas", ou seja, leitura, ciência e matemática.
"Isso traduz um falhanço da política educativa do Governo, um falhanço dos planos de recuperação que foram anunciados e que nunca foram executados na sua dimensão plena e constitui uma grave limitação ao futuro do país e à igualdade de oportunidades", criticou.
Na opinião de Rui Rocha, "estes resultados demonstram que esta é a geração mais abandonada de sempre em matéria de educação".
Tendo em conta estes dados, a IL vai tomar duas iniciativas, sendo a primeira agendar um debate de urgência na Assembleia da República com a presença do Governo sobre este tema.
"E depois, porque o tema é de tal gravidade, aprofundar o esclarecimento da situação que temos hoje na educação, chamando o senhor ministro da Educação à comissão parlamentar, porque o debate, por si só, não será seguramente suficiente e portanto, teremos que aprofundar em comissão a análise das causas e das consequências destes resultados, que são francamente negativos", disse.
Os alunos portugueses de 15 anos pioraram os seus desempenhos nos testes internacionais de Matemática e Leitura do PISA de 2022, invertendo a tendência de melhoria que se vinha registando na última década.
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) voltou a analisar os conhecimentos a Matemática, Leitura e Ciência de alunos de todo o mundo -- em 2022 participaram cerca de 690 mil alunos de 81 países e economias - e o retrato do desempenho dos estudantes releva "uma quebra sem precedentes", em que Portugal não foi exceção.
Os quase sete mil alunos de 224 escolas portuguesas que realizaram as provas de 2022 obtiveram piores resultados do que os seus colegas em 2018, colocando Portugal entre os países que mais baixaram de pontuação a Matemática, refere o relatório da OCDE hoje divulgado.
"Em comparação com 2018, o desempenho médio caiu dez pontos de pontuação em Leitura e quase 15 pontos de pontuação em Matemática, o que equivale a três quartos de um ano de aprendizagem", sublinha Mathias Cornmann, secretário-geral da OCDE, no texto introdutório do relatório.
Leia Também: Educação? Portugal cai, mas "mantém convergência" com média da OCDE
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