BE quer reforçar votação nos Açores e implementar mudanças

O coordenador do BE/Açores disse hoje que o partido quer reforçar a votação nas eleições de 04 de fevereiro, alegando que nem um governo de direita, nem uma maioria do PS trazem mudança à região.

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Lusa
22/12/2023 14:47 ‧ 22/12/2023 por Lusa

Política

Eleições/Açores

 

"É esse reforço que permitirá efetivamente que existam mudanças, que não passam nem pelo governo de direita, nem pelas maiorias absolutas do PS", afirmou o coordenador do Bloco de Esquerda nos Açores, António Lima, à margem da entrega da lista pelo círculo eleitoral de São Miguel, em Ponta Delgada.

António Lima, que é deputado à Assembleia Legislativa dos Açores desde 2017, encabeça o círculo por São Miguel e o círculo da compensação, os dois em que o BE assegurou mandatos em 2020.

O partido apresenta candidaturas nos 10 círculos eleitorais dos Açores, com a atual deputada Alexandra Manes a encabeçar o círculo pela ilha Terceira.

Aurora Ribeiro lidera a lista pelo Faial, Daniela Silveira pelo Pico e Pedro Amaral por Santa Maria.

Em São Jorge, o primeiro candidato é Eugénio Viana, na Graciosa Ricardo Toste, nas Flores Nelson Amaral e no Corvo Maria Amaral.

Segundo António Lima, em três anos de governação, a coligação PSD/CDS-PP/PPM "não trouxe nada de bom à região", apenas "uma permanente confusão" e o "empobrecimento da população".

O Bloco assume como prioridades a habitação, a saúde, a educação e "uma economia, que não viva do salário mínimo e que pague salários decentes, mais qualificada, que não viva da precariedade".

"Temos medidas para investir no Serviço Regional de Saúde, para respeitar quem trabalha no Serviço Regional de Saúde, para garantir o direito à habitação e para nós conseguirmos efetivamente que essas propostas que temos apresentado no parlamento não tenham como destino o chumbo ou o veto de gaveta, como aconteceu tantas vezes nesta legislatura", apontou António Lima.

O candidato do BE considerou ainda que "a direita não tem soluções" e que "os açorianos conhecem bem" os resultados da maioria absoluta do PS, que governou a região durante 24 anos, pedindo "mais votos e uma representação [parlamentar] reforçada" para os bloquistas.

"Temos confiança de que o nosso trabalho ao longo destes anos será reconhecido. A nossa campanha eleitoral não começou agora, começou em 2020, porque é o trabalho desses anos que determinará os resultados eleitorais em grande medida", frisou.

Em 2020, o BE foi a quinta força política mais votada nas legislativas regionais, com 3.962 (3,96%) e dois mandatos.

Os Açores vão a votos em 04 de fevereiro de 2024, após a dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República, devido ao chumbo do Orçamento.

Para as eleições regionais açorianas já foram anunciadas as candidaturas de seis partidos - PS, Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Chega, Bloco de Esquerda (BE), Juntos pelo Povo (JPP) e Iniciativa Liberal (IL) - e de duas coligações, PSD/CDS-PP/PPM, que governou as ilhas nos últimos três anos, e da CDU (PCP/PEV).

Leia Também: Açores. José Pacheco cabeça de lista do Chega em São Miguel

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