"O acordo garantia, com naturalidade, a eleição de dois deputados para o CDS. Todavia, com um pequeno aumento da votação relativamente às eleições de 2022, o CDS elegerá quatro deputados e se tivermos um bom resultado, que esperamos ter, o CDS elegerá seis deputados", afirmou Nuno Melo.
Falando aos jornalistas na sede nacional, em Lisboa, enquanto ainda decorria a reunião do Conselho Nacional do partido para aprovar a coligação Aliança Democrática (AD), com PSD e PPM, o líder centrista salientou que "o CDS elegerá tantos deputados quantos o país e os eleitores quiserem".
Nuno Melo não quis dar mais pormenores quanto aos círculos eleitorais onde os candidatos do CDS-PP estarão mais bem colocados, ressalvando querer dar essa informação "em primeiro lugar" aos conselheiros nacionais e indicando que o poderia ou não fazer na sua última intervenção perante o órgão máximo do partido entre congressos.
"O importante é que sejam círculos onde o CDS tenha tradicionalmente uma grande expressão e essa é uma razão de ser também das escolhas que vão ser feitas", afirmou.
Quanto a nomes, o presidente do CDS-PP disse ainda não ter feito convites e indicou que está marcado outro Conselho Nacional para o próximo dia 15 de janeiro, no qual serão aprovados os critérios para a escolha dos candidatos ou já os nomes que vão integrar as listas.
Nuno Melo referiu ainda que este é um "acordo de incidência legislativa mas também para o Governo".
Cerca de uma hora antes, quando falou aos jornalistas antes do arranque do Conselho Nacional, o presidente do CDS-PP não quis abordar a questão dos lugares do partido nas listas da AD, referindo que nem aos conselheiros iria revelar essa informação.
No entanto, depois de o presidente do PSD ter revelado pormenores sobre a constituição das listas de candidatos a deputados nas eleições legislativas numa intervenção perante o Conselho Nacional social-democrata, Nuno Melo acabou por referir-se ao assunto na reunião e falou novamente aos jornalistas.
Luís Montenegro indicou que o CDS-PP terá dois lugares elegíveis nas listas por Lisboa e pelo Porto, o 16.º em cada um desses círculos eleitorais, que poderão ser eleitos em função do crescimento eleitoral, além do 10.º lugar na lista por Aveiro e 11.º por Braga, mandatos que considerou ser possível assegurar em caso de uma vitória mais expressiva.
O líder do PSD anunciou também que a coligação será formalizada e apresentada publicamente no domingo, às 17h30, na Alfândega do Porto.
[Notícia atualizada às 06h34 do dia 5 de janeiro]
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