Gago mantém-se após fim do mandato como PGR? "Estamos muito longe"
O secretário-geral do PS vai sinalizar no domingo, no discurso que vai encerrar o congresso, as suas prioridades à modernização da economia e ao robustecimento do Estado social, defendendo a estabilidade do sistema fiscal.
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Política PS
"Vou apresentar medidas que permitam visualizar quais são as nossas prioridades: Transformação económica e defesa do Estado social. Um Estado social que ainda tem problemas que precisam de resposta, como na área da saúde, mas que queremos que seja robusto", declarou Pedro Nuno Santos em entrevista à TVI.
Interrogado sobre o peso dos impostos em Portugal, o líder socialista considerou importante a estabilidade no sistema fiscal.
Se o PS voltar a formar Governo, "não vamos fazer grandes alterações do ponto de vista fiscal. Temos feito um esforço de descida do IRS no Orçamento para 2024, que é por mim defendido, mas precisamos de estabilidade", sustentou.
Interrogado sobre se tenciona manter Lucília Gago quando terminar o seu mandato como procuradora-geral da República, respondeu: "Estamos muito longe disso".
"Não quero fazer qualquer juízo sobre o trabalho do Ministério Público. Um político deve respeitar a independência do poder judicial. É importante a separação entre o poder judicial e o político para a qualidade da nossa democracia", argumentou.
Questionado sobre a razão que o leva a não criticar a atuação do Presidente da República, ao contrário de outros dirigentes socialistas, alegou que sempre teve "uma boa relação" com Marcelo Rebelo de Sousa, salientando, por outro lado, a importância de existirem "boas relações institucionais".
Já se concorda quando o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o Presidente da República deveria ter nomeado outro chefe de Governo proposto pela maioria parlamentar do PS e não dissolver a Assembleia da República, convocando eleições antecipadas, o secretário-geral limitou-se a dizer que concordou com a proposta que o anterior líder do seu partido apresentou a Marcelo Rebelo de Sousa.
"Mas é uma questão ultrapassada. As eleições estão marcadas", alegou, antes de criticar que se esteja a colocar o cenário de uma terceira dissolução do parlamento por parte do Presidente da República na sequência das eleições de 1q0 de março.
"Contribuímos mal para a democracia estarmos a falar em dissolução quando o novo parlamento ainda nem sequer está constituído", advertiu.
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