Global Media? Parlamento com debate de urgência na quinta-feira

O partido refere que o Parlamento vai discutir não só a situação dos trabalhadores do grupo, como também o futuro dos media.

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Notícias ao Minuto
10/01/2024 20:27 ‧ 10/01/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Global Media

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) agendou um debate de urgência sobre a crise na Global Media Group para quinta-feira, 11 de janeiro.

"O Parlamento irá amanhã debater a situação dos trabalhadores do grupo, bem como o futuro dos media, do pluralismo de informação e da liberdade de imprensa em Portugal", lê-se num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

Na mesma nota, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, sublinha que a atual situação é vista com "muita preocupação" e que os trabalhadores das publicações em causa - TSF, do Jornal de Notícias, do Diário de Notícias e d’O Jogo - "continuam a ser prejudicados pela atual administração do grupo Global Media".

"Tendo em conta as preocupações transmitidas por estes trabalhadores ao PAN, agendámos um debate de urgência, para assegurar que estes profissionais tão importantes para a nossa democracia não são esquecidos", remata o PAN.

Note-se que em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

Os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem o subsídio de Natal que, segundo a administração, será pago em duodécimos durante este ano, o que viola a lei.

O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência.

"Enquanto a 'comissão executora' contrata dezenas de consultores, assessores e diretores, com vencimentos bem superiores à média no grupo, aumentando os custos da empresa em mais de dois milhões de euros", apontaram os sindicatos, "dizem que a empresa não sobrevive se não despedirem aqueles que o CEO [presidente executivo] não entende 'como conseguem viver com 800 euros por mês'".

Para os trabalhadores, a postura da administração representa o "total desrespeito pelas pessoas que há anos mantêm vivas as várias empresas do grupo, com salários do século passado".

Já esta quarta-feira, houve manifestações no Porto e em Lisboa. Em frente à Assembleia da República, os trabalhadores concentraram-se na escadaria da Assembleia da República, enquanto o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, com a tutela da Comunicação Social, prestava esclarecimentos na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Leia Também: GMG? Ministro da Cultura tem "dificuldade" em perceber salários em atraso

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