TAP? "Pedro Nuno geriu com uma enorme ligeireza uma empresa"

Miguel Pinto Luz acusa ainda o secretário-geral do PS de tomar decisões que resultam em "faturas pesadas para todos os contribuintes portugueses e em processos judiciais".

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Daniela Carrilho com Lusa
17/01/2024 16:35 ‧ 17/01/2024 por Daniela Carrilho com Lusa

Política

Miguel Pinto Luz

O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Miguel Pinto Luz, reagiu esta quarta-feira às acusações sobre a ex-CEO da TAP, acusando o atual secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, de tomar "decisões" que acabam em "faturas pesadas para todos".

"A leveza, a informalidade são uma marca inseparável de Pedro Nuno Santos. O PS pode tentar pintá-lo como um grande fazedor, um grande decisor, mas, invariavelmente, as suas decisões acabam em recuos, em faturas pesadas para todos os contribuintes portugueses e, como neste caso, acabem em processos judiciais", afirmou Pinto Luz, destacando que o PSD quer fazer diferente.

"Pedro Nuno geriu com uma enorme ligeireza uma empresa. Esta é mais uma peça da novela Pedro Nuno Santos e da TAP ao serviço do PS que só desvaloriza a empresa", acusou ainda.

O representante do PSD destacou que no processo judicial que a defesa da companhia aérea coloca a sua ex-CEO, Christine Ourmières-Widener, contra a mesma alega que, "espantem-se todos os portugueses que nos ouvem, nunca foi trabalhadora da companhia".

Após ter sido apresentada como "uma grande contratação do Governo Português" e como "alguém que tinha imensa experiência no setor da informação e que iria revolucionar a gestão daquela companhia", Christine Widener "acabou por ser chamada a Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), reuniu com a bancada do PS, trocava mensagens de Whatsapp com os governantes do momento, colocou em prática medidas muito duras para todos os trabalhadores e toda a companhia" mas, "era afinal uma trabalhadora ilegal da TAP".

"A TAP e o Estado assumem [assim] que o então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, permitiu que a companhia fosse gerida por uma CEO em situação ilegal", reforçou.

"A TAP e consequentemente o Estado, alegam que Christine Widener auferia um salário superior ao legalmente permitido, mas todos os meses esta verba foi paga e a tutela estatal, Pedro Nuno Santos, nada fez", criticou.

Além de "exigir explicações" ao líder do PS durante esta fase de pré-campanha, uma vez que o Parlamento já se encontra dissolvido, Miguel Pinto Luz disse que o PSD pretende "desmascarar a imagem de fazedor" que o PS procura dar do seu secretário-geral.

"Ele de facto faz, mas invariavelmente a seguir recua, a seguir temos erros, temos processos judiciais, temos ligeireza na gestão da coisa pública. Nós faremos diferente à frente dos destinos do país", assegurou, relacionando este tema com "a moral e a ética do Estado".

Leia Também: Ex-CEO violou deveres por ocultar acordo de saída de Reis, acusa TAP

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