AD? "Se Montenegro não fosse inspirador, o CDS não teria feito coligação"
Nuno Melo afirmou ainda que a "Aliança Democrática é o melhor que podia acontecer ao país", com uma "alternativa estável, credível e com quadros de muita qualidade".
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Política CDS-PP
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, esteve na noite desta quarta-feira na CNN Portugal para falar sobre os objetivos da Aliança Democrática (AD), dando logo como adquirido o regresso do partido à Assembleia da República.
"Dou como adquirido e acho que é um exercício de justiça para um partido tão importante e fundador da democracia e que, de facto, faz falta e não foi substituído por mais ninguém", começou por dizer, acrescentando que "a Aliança Democrática foi a melhor coisa que podia ter acontecido a Portugal", como uma "alternativa estável, credível e com quadros de muita qualidade".
Para Nuno Melo, a AD é "boa para o CDS e para o PSD" ou, de outra forma, "esta coligação não se fazia".
Questionado sobre se o povo português já terá feito as pazes com o PSD e o CDS depois dos anos de governação da Troika, o líder do CDS considerou que "o eleitorado agradeceu e reconheceu ao PSD e ao CDS tudo aquilo que foi feito após 2011", motivo que levou a vencer as eleições de 2015, após uma "avaliação positiva".
Contudo, a partir de então, a coligação à Direita não mais venceu eleições Legislativas. Melo refletiu, com isto, que "a política é uma realidade muito dinâmica e que não devemos dar nada como certo".
"Temos de trabalhar muito para merecer resultados", salientou.
Seria muito desejável para Portugal que esta AD pudesse ter uma maioria absoluta para governar com estabilidade
Nuno Melo está convicto de que o CDS vai regressar ao Parlamento, após uma "travessia" de dois anos que "ajuda a perceber tudo aquilo que tem de se fazer de diferente" e aprender "com os erros".
"Qualquer partido deseja ter uma maioria absoluta [mas] o que eu desejo, pragmaticamente, é vencer com condições de governar. Esta AD deve vencer com condições de governar", considerando que uma maioria absoluta seja um objetivo "muito difícil", porém "desejável".
"Seria muito desejável para Portugal que esta AD pudesse ter uma maioria absoluta para governar com estabilidade, isso era o ideal para não depender de quem fosse, fora deste cenário de coligação", ressalvou Nuno Melo.
Líderes de partidos? "Os outros são a desinspiração absoluta"
Confrontado com a hipótese de obter uma maioria parlamentar com o Chega, o líder do CDS assumiu ainda que "se a AD vencer as eleições - com mais um voto que seja em relação a outros partidos - deve governar", mesmo que governe em minoria, competindo aos outros partidos "dar condições" de governabilidade a quem vencer.
E se o PS vencer as eleições, embora sem maioria absoluta, qual será o papel da AD? Deverá deixar os socialistas governar em minoria? Nuno Melo afirmou que "é o que defende".
Nesta sequência, a possibilidade de se repetirem estas eleições Legislativas por não haver uma maioria parlamentar é algo que "passa pela cabeça" de Nuno Melo, que acusa Portugal de ser "um triste banco de ensaios desde que o PS, perdendo eleições, decidiu fazer tudo para governar".
Para concluir, Nuno Melo considerou o presidente do PSD como um líder "inspirador". "Se não fosse um líder inspirador neste projeto da AD, o CDS não teria feito uma coligação. Avaliando os líderes de todos os partidos, os outros são a desinspiração absoluta. Acho impressionante que algum português, que seja minimamente atento à realidade dos últimos anos, possa ouvir Pedro Nuno Santos quando se tenta transformar em novidade do que seja, tendo o Governo colado na testa e achar-se que pode significar alguma coisa de novo", atirou Nuno Melo, que acredita que estará no próximo Governo.
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