"[Ouvi as propostas do Livre] com o espírito democrático, discordando de muitas das soluções, mas achando que foi feito um exercício que eu diria sério e substantivo de propostas claramente alternativas aquelas que o PSD e a Aliança Democrática (AD) defendem", respondeu, quando questionado sobre as soluções apresentadas pelo Livre, esta tarde, no encerramento do 13.º congresso deste partido, no Porto.
Sobre a proposta de Rui Tavares de um "acordo à esquerda", mas diferente do acordo parlamentar do PS, em 2015, com PCP, BE e PEV, Paulo Rangel considerou que "não é uma ideia nova" e defendeu que a 'geringonça' foi "uma experiencia muito negativa".
"O que nós temos hoje é um Serviço Nacional de Saúde em rutura total, fruto das políticas do PS mas também da 'geringonça' (...) As políticas de esquerda não estão a fazer Portugal crescer, estão a desmantelar o Estado Social", apontou.
E continuou: "A modalidade do acordo pode ser diferente, mas as políticas são as mesmas. Para quem diz que defende as políticas sociais, como é o caso do PS ou do BE ou do PCP ou do Livre, a verdade é que nunca tivemos tantos seguros privados de saúde, nunca tivemos tantos alunos no ensino privado."
No discurso de encerramento do 13.º Congresso do Livre, o fundador e deputado único, Rui Tavares, deixou um 'recado' inicial às forças políticas presentes no auditório -- que não incluíram o Chega, por não ter sido convidado -- dizendo que vai ser necessário ter "uma conversa muito séria e muito sólida para que esta democracia tenha mais 50 anos".
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