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"Desorientação". PSD não tem "qualquer preocupação em salvar a Madeira"

PS/Madeira não aceita "um governo que seja nomeado no atual quadro parlamentar".

"Desorientação". PSD não tem "qualquer preocupação em salvar a Madeira"
Notícias ao Minuto

12:19 - 02/02/24 por Notícias ao Minuto

Política PS/Madeira

O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, considerou, esta sexta-feira, que se tem assistido, nos últimos dias, a  uma "desorientação por parte do governo regional", dizendo não haver "por parte do PPD/PSD qualquer preocupação em salvar a Madeira".

Estas declarações foram feitas depois de o socialista ser recebido, a seu pedido, pelo representante da República na Madeira, Ireneu Barreto. 

Paulo Cafôfo notou que recorreu ao encontro para transmitir que o PS/Madeira não aceita "um governo que seja nomeado no atual quadro parlamentar".

"Um governo que saia deste quadro parlamentar é um governo fraco, frágil e sem legitimidade por parte do povo", justificou.

Olhando para os últimos dias vivido na região, assolada por uma crise política espoletada por um processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, Cafôfo atirou: "Aquilo a que temos assistido é uma desorientação por parte do governo regional, por parte do partido que o sustenta e dos dois partidos que os apoiam".

Comentando a reunião do Conselho Regional do PSD, que decorreu ontem, no Funchal, o líder socialista defendeu que a mesma mostrou que o partido e o governo regional "parecem um carro desgovernado".

"O partido e governo parecem um carro desgovernando, sem travões, por uma ladeira abaixo", disse.

"E não há aqui por parte do PPD/PSD qualquer preocupação em salvar a Madeira, a única preocupação é salvarem-se a eles mesmos", acusou.

Desta forma, Paulo Cafôfo reiterou que para o PS/Madeira "a única solução" é a realização de eleições antecipadas.

"Eu espero que haja eleições antecipadas quando constitucionalmente for possível e isso foi também um apelo que fiz ao senhor representante da República", declarou, referindo que deve ser restabelecida a "normalidade democrática", algo que "só pode ser feito através do senhor representante da República e do senhor Presidente da República".

Além disso, deixou ainda um apelo aos partidos da oposição. "Apelo também aos partidos políticos da oposição que possam estar coesos e firmes na defesa da Democracia e na necessidade de não sermos cúmplices ou pactuarmos com a prepotência antidemocrática por parte do PSD", disse, pedindo ainda aos madeirenses que se mantenham "unidos e mobilizados".

"Isto é um momento negro da nossa história", considerou.

Recorde-se que ontem, após a reunião do Conselho Regional do PSD, Miguel Albuquerque afirmou que a maioria parlamentar que suporta o executivo tem legitimidade para apoiar um novo executivo, evitando eleições antecipadas.

A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições de 24 de setembro de 2023, mas ficou a um deputado da maioria absoluta, circunstância que motivou a assinatura de um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN.

Miguel Albuquerque foi constituído arguido e, no início da semana, oficializou a renúncia ao cargo de presidente do Governo Regional junto do representante da República para a Madeira, com quem se vai reunir novamente na segunda-feira.

Desde então, o PS/Madeira tem defendido a marcação de eleições antecipadas.

Leia Também: "Autonomia é valor sagrado dos madeirenses. Não há nada que a manche"

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