Agricultura? Livre defende evolução das políticas europeias
O Livre defendeu hoje a evolução das políticas europeias para a agricultura, apostando na qualidade e em ajudar as pequenas e médias explorações agrícolas a terem uma maior rendibilidade.
© Lusa
Política Livre
"Achamos que as políticas europeias na agricultura devem evoluir. (...) Devemos investir cada vez mais através de políticas europeias e nacionais numa agricultura de precisão e não numa agricultura intensiva, que se distinga pela qualidade e não pela quantidade e que ajude as pequenas e médias explorações -- muitas delas de base familiar -- a não estarem sempre na linha da água da sustentabilidade", salientou o porta-voz do partido Rui Tavares.
O deputado único do Livre, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à União Zoófila em Lisboa, considerou que a conjuntura não é a mesma da primeira política agrícola comum (PAC), quando foi introduzida em 1962, "para a produção em massa, para o controlo de preços e para a subsidiação massiva da agricultura europeia".
"Nós podemos dar um caminho de esperança a muitos agricultores em Portugal, nomeadamente aqueles que têm mais dificuldade em chegar aos grandes subsídios, em fazer face às regulações mais complicadas, em adquirir maquinaria ou em ter seguros que os cubram em casos de catástrofes naturais", salientou.
Destacando que Portugal é "um país de pequenas e médias empresas", Rui Tavares disse apoiar a criação de um centro nacional de transferência de conhecimento para gerir melhor a agricultura nacional, utilizando a água de forma mais racional, menos pesticidas, menos adubos químicos e trabalhando mais com a fertilização natural.
"É preciso haver um caminho no Ministério da Agricultura de um próximo governo que traga estas soluções para cima da mesa dos agricultores e eu creio que esse é um diálogo muito profícuo que se pode fazer", sustentou.
O Governo avançou com um pacote de ajuda de mais de 400 milhões de euros destinados a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), garantindo que a maior parte das medidas entra em vigor este mês, com exceção das que estão dependentes de 'luz verde' de Bruxelas.
A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros em 26 de fevereiro.
Os protestos dos agricultores portugueses são organizados pelo Movimento Civil de Agricultores, que se juntou às manifestações que têm ocorrido em outros países europeus, incluindo França, Grécia, Itália, Bélgica, Alemanha e Espanha.
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