Numa nota enviada à agência Lusa, Alexandra Leitão, cabeça de lista do PS à Câmara Municipal de Lisboa, considera que esses arquivamentos vêm "repor a verdade e reforçar a confiança na integridade de ambos, figuras de enorme mérito e dedicação à vida pública".
"Quero manifestar-lhes, por isso, a minha satisfação e solidariedade e deixar uma palavra de reconhecimento pelo trabalho notável que fizeram pela cidade de Lisboa", refere.
Alexandra Leitão considera, contudo, que o desfecho não deve eximir "uma reflexão sobre o impacto que processos como este têm na vida política e pessoal dos envolvidos".
"A celeridade na administração da Justiça é fundamental para a credibilidade das instituições e para a proteção do Estado de Direito democrático", defende.
Alexandra Leitão destaca "o gesto de grande honra e sentido ético de Inês Drummond", vereadora do PS na Câmara Municipal de Lisboa que renunciou na terça-feira ao cargo, após ter sido acusada pelo Ministério Público no âmbito do processo "Tutti Frutti".
"A sua decisão foi um exemplo de respeito pelas instituições e pelo serviço público", elogia Alexandra Leitão.
Esta terça-feira, o Ministério Público deduziu acusação contra 60 arguidos no âmbito do processo 'Tutti Frutti' por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência, mas não acusou nem Duarte Cordeiro, nem o ex-presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina.
Em reação a esta decisão, Medina considerou natural que o Ministério Púbico tenha arquivado as suspeitas que lhe foram imputadas, mas lamentou oito anos de processo com "calúnias" contra si.
Já Duarte Cordeiro dirigente socialista e antigo vice-presidente da Câmara de Lisboa, afirmou ter ficado "finalmente livre" das suspeitas que lhe foram imputadas no caso "Tutti Frutti", um processo judicial em que disse nunca ter sido ouvido.
O secretário-geral do PS considerou que os arquivamentos são uma "boa notícia" mas pediu igualmente que se faça uma reflexão sobre a celeridade da Justiça.
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