A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, reagiu à morte da escritora Maria Teresa Horta, esta terça-feira, recordando-a como "uma daquelas pessoas a quem devemos tudo".
"Poeta extraordinária, jornalista comprometida, antifascista convicta e feminista corajosa. Maria Teresa Horta é uma daquelas pessoas a quem devemos tudo. Obrigada.", escreveu Mariana Mortágua na rede social X.
Nascida em Lisboa, em 1937, Maria Teresa Horta frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi dirigente do ABC Cine-Clube e militante ativa nos movimentos de emancipação feminina.
Como escritora, estreou-se no campo da poesia em 1960, mas construiu um percurso literário composto também por romances e contos.
Poeta extraordinária, jornalista comprometida, antifascista convicta e feminista corajosa. Maria Teresa Horta é uma daquelas pessoas a quem devemos tudo. Obrigada.
— mariana mortágua (@MRMortagua) February 4, 2025
Com livros editados no Brasil, em França e Itália, Maria Teresa Horta foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal e é considerada um dos expoentes do feminismo da lusofonia.
Foi amplamente premiada ao longo da sua carreira literária, destacando-se, só nos últimos anos, o Prémio Autores 2017, na categoria melhor livro de poesia, para 'Anunciações', a Medalha de Mérito Cultural com que o Ministério da Cultura a distinguiu em 2020, o Prémio Literário Casino da Póvoa que ganhou em 2021 pela obra 'Estranhezas'.
Em dezembro, Maria Teresa Horta foi incluída numa lista elaborada pela estação pública britânica BBC de 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo, que incluía artistas, ativistas, advogadas ou cientistas.
Leia Também: Marcelo recorda Maria Teresa Horta como "uma inspiração e um exemplo"