Rui Teixeira, que no último dia de campanha para as legislativas regionais de domingo optou por fazer campanha na Calheta Pêro de Teive, antiga zona piscatória de Ponta Delgada, considerou que "muito mais importante do que ter maiorias absolutas é ter quem na Assembleia lute por propostas para levar a região para a frente", como disse ser o caso da CDU.
"Quanto à estabilidade política, nós concordamos com ela, mas não é a qualquer custo. Esta só tem efeitos práticos se a vida dos cidadãos melhorar, o que não temos visto, mas sim instabilidade e pioria, tal como se viu nas maiorias absolutas anteriores", afirmou o candidato à agência Lusa.
Como bandeiras apresentadas durante a campanha eleitoral, Rui Teixeira destacou a necessidade de "aumentar salários, de promover o direito à habitação para todos, valorizar a saúde", a par de "mais transportes tanto da SATA, pública, como transportes terrestres, bem como de barcos que façam o transporte de passageiros, todo o ano".
A CDU/Açores está convicta de que vai eleger pelo menos um deputado para o parlamento regional, voltando assim ao hemicíclo, "crescendo em número de votos", sendo que "não será descabido, pelos sinais recebidos, passar para dois deputados".
Para a coligação que junta PCP e PEV, o PS "não é alternativa à coligação PSD/CDS-PP/PPM" nem vice-versa, uma vez que ambos se identificam com as "mesmas soluções".
"Muito mais importante que ter maiorias absolutas é ter na Assembleia quem lute por propostas que levem a região para a frente", afirmou o candidato.
A CDU foi a única força política que se apresentou às eleições sem que o seu líder, Marco Varela, concorra por um círculo eleitoral.
No maior círculo eleitoral, São Miguel, a opção foi pelo dirigente Rui Teixeira, surgindo pela compensação Paula Decq Mota, filha de um antigo líder regional e deputado, José Decq Mota.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para o próximo domingo, 04 de fevereiro, após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
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