"O povo decidiu, está decidido! Decidiu quem venceu as eleições, com as prerrogativas e responsabilidades que daí advêm. A estes, as minhas felicitações", referiu o líder do PS/Açores numa publicação na rede social Facebook.
Dois dias depois de a coligação PSD/CDS-PP/PPM, liderada por José Manuel Bolieiro e no poder na região desde 2020, ter vencido as eleições regionais, Vasco Cordeiro disse que os açorianos decidiram "quem deve estar na oposição, com as prerrogativas e responsabilidades que daí advêm".
"De forma clara, [o povo] decidiu que o PS/Açores deve estar na oposição. É isso que o PS/Açores fará, tendo por 'salutar advertência' - para usar a expressão de Vitorino Nemésio - que aí também se serve o povo açoriano!", rematou.
O socialista, que foi presidente do Governo Regional entre 2012 e 2020 e é deputado desde que a direita assumiu a governação, escreveu hoje uma breve mensagem na rede social Facebook para agradecer "a todos quantos exerceram o direito de voto e cumpriram o seu dever" e, de forma particular, aos que manifestaram a sua confiança e colaboraram na candidatura que liderou.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais dos Açores, no domingo, com 42,08% dos votos, e elegeu 26 deputados, mas ficou a três da maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.
José Manuel Bolieiro, líder da coligação de direita, no poder no arquipélago desde 2020, disse que irá governar com "uma maioria relativa" nos próximos quatro anos.
O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos (35,91%), seguido pelo Chega, com cinco mandatos (9,19%).
O Bloco de Esquerda (2,54%), a Iniciativa Liberal (2,15%) e o partido Pessoas-Animais-Natureza (1,65%) elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.
Em 2020, o PS ganhou as eleições, mas sem maioria absoluta, tendo-se formado à direita uma solução alternativa, com a formação da coligação PSD/CDS/PPM e a assinatura de acordos parlamentares com o Chega e a IL (em 2023, os liberais romperam o entendimento).
Em novembro, a abstenção do Chega e do PAN e os votos contra de PS, IL e BE levaram ao chumbo do Orçamento dos Açores para este ano e, no mês seguinte, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa e a marcação de eleições.
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