Livre defende novo modelo de financiamento para o Ensino Superior
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, defendeu hoje um novo modelo de financiamento para o ensino superior com três pilares, um dos quais oriundo da atividade económica e que permita constituir um fundo estratégico.
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Política Ensino Superior
"O que o Livre defende é um novo modelo de financiamento para o ensino superior assente em três pilares, um pilar que venha da atividade económica e que permita constituir um fundo estratégico do ensino superior", afirmou Rui Tavares aos jornalistas, no Instituto Politécnico de Tomar, no distrito de Santarém, onde se reuniu com representantes da instituição.
Segundo o cabeça de lista do Livre pelo círculo de Lisboa nas eleições legislativas de 10 de março, isso significa que os reitores e os diretores de politécnicos "não precisam de estar de ministro a ministro sempre a pedinchar para aqueles projetos que transcendem os quatro anos de uma legislatura", como laboratórios, bibliotecas ou programas internacionais que precisam de cofinanciamento.
"Isso tudo através de uma consignação do IRC ao ensino superior, como existe noutros países, [que] permite projetar a longo prazo", declarou o candidato.
Já o segundo pilar de financiamento é o Orçamento Geral do Estado, destinado às "despesas de funcionamento".
Quanto ao terceiro pilar, o porta-voz do Livre explicou que, "entre aqueles que beneficiaram do ensino superior e estão nos mais altos de decis de rendimento possa haver, como há, por exemplo, nos 0,5% de IRS" entregues a instituições particulares de solidariedade social, "a criação de um fundo de apoio ao estudante do ensino superior, as bolsas, os refeitórios, as cantinas, o apoio para os livros, o apoio social escolar", preconizando que "o Estado deva dar o mesmo contributo" que as pessoas dão através do IRS.
"Com estes três pilares, podemos apoiar os projetos de longo prazo das universidades, assegurar despesas de funcionamento, mas também apoiar os estudantes das famílias, muitos deles de classe média, média baixa, que quando vêm para outra cidade têm custos muito grandes e que, às vezes, abandonam os cursos a meio e quando o fazem somos nós todos que perdemos, é aquela pessoa que não concretiza os seus sonhos e é o país que tem menos oportunidades económicas no futuro", salientou o candidato.
Antes, o porta-voz do Livre, acompanhado, entre outros, pelo cabeça de lista do partido pelo círculo de Santarém, Pedro Mendonça, destacou que o partido pretende que "o ensino superior tenha cada vez mais capacidade de agir em conjunto".
"Somos a favor de que os politécnicos possam dar o grau de doutoramento, que os politécnicos possam ter estratégias de futuro para as suas regiões", referiu, reconhecendo que "têm uma ancoragem, em termos de território, que lhes dá um valor muito grande".
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