Protesto de forças de segurança? "Não me senti intimidado nem coagido"

Luís Montenegro está em campanha na avenida Almirante Reis, em Lisboa.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Andrea Pinto
20/02/2024 12:46 ‧ 20/02/2024 por Andrea Pinto

Política

Luís Montenegro

O líder da Aliança Democrática está numa ação de campanha, em Lisboa, onde comentou a alteração do percurso da manifestação das forças de segurança que acabaram por se dirigir ao Capitólio, esta segunda-feira, momentos antes de ter ido para o ar um dos debates mais esperados das legislativas de 2024.

Luís Montenegro admitiu, em declarações aos jornalistas, que "o percurso da manifestação não foi o previamente acordado". Apesar disso, garantiu que não se sentiu "intimidado, coagido nem cercado".

"Não me revejo na ultrapassagem desses limites. Mas não me senti nada intimidado, não me senti nada coagido, não me senti nada cercado", disse, acrescentando ainda que a manifestação não gerou, na sua opinião, nenhum constrangimento.

A noite de terça-feira ficou marcada não só pelo debate mais esperado no âmbito das eleições legislativas, mas também por um protesto de centenas de polícias junto ao Capitólio. A manifestação neste local não estava autorizada e a Polícia de Segurança Pública (PSP) vai comunicar os factos ao Ministério Público (MP).

No arranque do debate, os dois líderes partidários foram questionados sobre qual a sua mensagem para as forças de segurança.

"A mensagem é muito direta; nós concordamos com a reivindicação que os policias portugueses tem relativamente a uma injustiça que foi criada por este Governo", afirmou Luís Montenegro, reiterando que, "ato imediato" de um Governo que lidere, será iniciado um processo negocial "com vista a reparar esta injustiça", numa referência ao suplemento de missão atribuído à Polícia Judiciária e que as restantes forças de segurança reclamam.

Já o secretário-geral do PS recordou que também ele já se reuniu com a plataforma que representa estes profissionais.

"Considero importante que consigamos chegar a um acordo, as forças de segurança são fundamentais, mas quero deixar uma palavra de lamento", disse, referindo-se, implicitamente, ao facto de a manifestação junto ao Capitólio não ter sido comunicada previamente às autoridades, como exige a lei.

O líder socialista considerou fundamental respeitar o "direito à manifestação, mas também o direito ao debate político".

"Não se negoceia sob coação, temos disponibilidade total para chegar a um acordo, mas sempre no respeito pela legalidade", avisou.

Leia Também: Em dia de debate, protesto escalou: Polícias rumaram ao Capitólio

 

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