O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse, esta terça-feira, que o PSD "não tem autoridade moral em relação à injustiça", já que "o que se está a passar hoje com os equipamentos das forças de segurança tem muito que ver com a falta de investimentos" do passado.
Num debate com o cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) por Braga, Hugo Soares, transmitido pela CNN Portugal, o ministro da Administração Interna assumiu que o PS "tem o compromisso muito claro" para colocar em prática "mal ganhe as eleições", que passa por "trabalhar na estrutura salarial e na reavaliação da estrutura de suplementos" das forças de segurança.
Em relação aos protestos feitos pelas forças de segurança, José Luís Carneiro reconheceu que "o direito de manifestação tem sido exercido com respeito pela legalidade".
Sendo as autoridades os "primeiros e mais importantes zeladores da legalidade democrática", o ministro defendeu, também, que havendo "indícios que pudessem ser estabelecidos entre quem fomenta a indisciplina e quem pratica atos que configurem indisciplina, possa haver o respetivo procedimento disciplinar e eventualmente procedimento criminal".
Sobre o debate entre o PS e a AD, José Luís Carneiro referiu que "foi claro para todos que Pedro Nuno Santos ganhou o debate a Luís Montenegro", porque foi "claro" quanto ao que vai fazer se a AD vencer sem maioria. "O Partido Socialista não apresentará uma moção de censura, nem votará a favor de uma moção de censura que rejeite uma solução governativa de cariz minoritário", disse o ministro da Administração Interna.
"Eu sei o que as pessoas leram das palavras do meu secretário-geral e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, viram sentido de responsabilidade, sentido de Estado", afirmou.
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