"Porque é a força que obriga o PS a vir dar respostas necessárias. E é a maior das maiores garantias do combate à política de direita e à direita tenha ela as formas que tiver," afirmou Paulo Raimundo, durante um jantar com militantes e simpatizantes, em Vila Real, onde terminou um dia dedicado a Trás-os-Montes, ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e à ferrovia.
O líder comunista salientou ainda que "não há ninguém com mais experiência acumulada, com mais história acumulada de combate à direita do que o PCP".
Durante o seu discurso para um sala cheia, Paulo Raimundo disse que o voto na CDU -- coligação que junta o PCP e o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) -- "vale por três" porque é a força do protesto, da indignação e das soluções para o povo.
O líder comunista lembrou os mais de 100 anos de história do PCP "de combate à direita".
"E quando foi preciso, durante longos 48 anos, enfrentar a besta fascista olhos nos olhos, cá estiveram os comunistas e outros democratas, naturalmente, mas em particular os comunistas, a enfrentar a besta", salientou ainda, referindo-se à ditadura que acabou com a revolução do 25 de abril.
Paulo Raimundo repetiu que a "grande emergência nacional" é o aumento significativo dos salários para todos os trabalhadores para dar resposta, agora, ao aumento do custo de vida e voltou ao debate que, na segunda-feira à noite, opôs os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e do PSD, Luís Montenegro.
"Tivemos a prova provada, para quem tivesse dúvidas, de que aquilo que é a vida, aquilo que são as necessidades, aquilo que é dia-a-dia difícil da vida de cada um de nós esteve completamente de fora daquele debate, daquele que nos apresentaram como o debate dos debates entre dois candidatos a deputados, que é aquilo que eles são e mais nada", salientou Paulo Raimundo.
O cabeça-de-lista da CDU pelo distrito de Vila Real, José Luís Teixeira, defendeu o fim do pagamento das portagens nas ex-SCUT (autoestradas sem custo para o utilizador), que no distrito abrangeria a Autoestrada 24 (A24), considerando tratar-se de uma medida fundamental do ponto de vista da mobilidade e do combate à desertificação.
Reclamou ainda a reativação da linha ferroviária do Corgo, fechada desde 2009, a modernização da linha do Douro e ainda a reabertura da ligação a Espanha por Barca d'Alva.
Por fim, no dia em que o Presidente da República promulgou o diploma que repõe a Casa do Douro, sediada no Peso da Régua, como associação pública de inscrição obrigatória, José Luís Ferreira realçou a necessidade de devolver definitivamente a instituição aos viticultores durienses.
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