"O problema de Montenegro é o mesmo de Passos, não tem credibilidade”
Pedro Nuno Santos admitiu que não está tudo bem e que o PS não está satisfeito, mas reconheceu ao partido "humildade" em reconhecer que "há coisas que não correram" como era esperado.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Política Pedro Nuno Santos
O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos afirmou, esta segunda-feira, que “o espírito de Pedro Passos Coelho vai estar sempre em toda a campanha” e acusou Luís Montenegro de ser "vira o disco e toca o mesmo". "O problema de Montenegro é o mesmo de Passos Coelho, não tem credibilidade”, referiu.
Pedro Nuno disse que a ida do ex-primeiro-ministro a Faro serviu para "marcar o ponto" e acusou o PSD de ter "enganado as pessoas".
“O espírito de Pedro Passos Coelho vai estar sempre em toda a campanha” do PSD, disse Pedro Nuno que aproveitou para sublinhar que os sociais democratas foram além da Troika em 2011. O secretário-geral do PS acusou o PSD de ter cortado “as pensões com convicção” no passado.
O líder do PS lembrou que Passos "disse em abril de 2011 que era um disparate dizer-se que iria cortar o 13.º mês. Não cortou só o 13.º mês, cortou o 13.º mês e cortou o 14.º mês".
E prosseguiu: "Conhecia o memorando quando prometeu que não iria ser necessário cortar mais salários nem despedir gente. Mas foi exatamente isso que ele fez. Disse que era falso que quisesse subir o IVA para a restauração, mas também subiu".
E as críticas ao PSD prosseguiram: "E nas pensões, caras e caros camaradas, não só foram além da 'troika' como tentaram com que os cortes fossem permanentes. Tentaram mesmo cortar pensões acima dos 600 euros. Só não conseguiram cortar porque o Tribunal Constitucional os impediu. Não vale a pena esconderem-se no memorando".
Segundo Pedro Nuno Santos, que falava num comício que reuniu, nas estimativas do partido, 450 apoiantes e simpatizantes do PS nos Açores, "o memorando é só uma desculpa", e, naquela época, "cortaram pensões com convicção e tentaram que os cortes fossem permanentes".
"E quando o Tribunal Constitucional chumbou, Luís Montenegro criticou o Tribunal Constitucional. Montenegro estava lá. Montenegro estava lá quando cada uma destas mentiras foi dita ao povo português. Vira o disco e toca o mesmo. Agora é a vez de Luís Montenegro vir fazer como Pedro Passos Coelho e prometer não cortar de maneira nenhuma um cêntimo que seja na pensão e na reforma de quem quer que seja".
O socialista afirmou que o PS quer "fazer novo e diferente" e acusou o PSD de ter uma proposta "que não mudará nada, que é ineficaz e injusta".
Enquanto discursava num jantar comício em Ponta Delgada, nos Açores, Pedro Nuno admitiu que não está tudo bem e que o PS não está satisfeito, mas reconheceu ao partido "humildade" em reconhecer que "há coisas que não correram" como era esperado. "Há coisas que devíamos ter feito e não fizemos, há coisas que fizemos bem e que devem continuar, há coisas que têm de mudar", afirmou Pedro Nuno Santos. "Nós queremos fazer novo, queremos fazer diferente", realçou.
O candidato às eleições legislativas falou também em "empatia" para com os portugueses e na capacidade de "sentir os problemas dos outros. "Sabemos melhor que ninguém, melhor que eles [Direita] que só se governa bem quando se sente o outro, quando se sente os problemas dos outros", afirmou.
O secretário-geral considerou que "as soluções não estão nas direitas" e acusou o PSD de ter propostas que são "ineficazes, são injustas e são caras". Pedro Nuno Santos deu como exemplo o choque fiscal e a redução drástica do IRC. "A proposta do PSD não mudará nada , é ineficaz e é injusta", reiterou.
[Notícia atualizada às 23h40]
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