"É positivo para Portugal haver essa alteração, mas isso não deve levar-nos a, de alguma forma, retrocedermos nas políticas ou acharmos que está tudo feito, porque não está. Temos claramente um longo caminho a percorrer em matéria de transição energética, de descarbonização da economia e também com as centrais fotovoltaicas ", disse Inês Sousa Real.
A porta-voz do PAN falava aos jornalistas numa manhã dedicada a negócios locais de economia verde e sustentáveis, com visita às lojas Zero Plástico e Xaile d' Avó, no Porto.
"Os próprios critérios têm de ser reavaliados para percebermos o que é que está a falhar no nosso país em matéria de transição ecológica e não ficarmos a descansar sobre aquilo que possam ser os avanços feitos, porque temos de garantir que o país põe o pé no acelerador no que respeita à transição verde", acrescentou.
A Standard&Poor's subiu hoje o 'rating' de Portugal de 'BBB+' para 'A-', com perspetiva positiva, com o país a voltar, 13 anos depois, a estar entre os níveis 'A' de todas as principais agências.
A Standard&Poor's (S&P) justifica, no relatório divulgado na sexta-feira, a decisão com a "acentuada desalavancagem de Portugal" estar "a alimentar uma melhoria significativa e contínua da posição financeira externa do país e a aliviar os riscos de liquidez externa".
"Uma parte da desalavancagem decorre da rápida redução do rácio dívida pública/PIB [Produto Interno Bruto] apoiada por um forte desempenho orçamental".
A agência norte-americana disse acreditar que o governo que sair das eleições legislativas de dia 10 "irá continuar a exercer disciplina orçamental e a concentrar-se na execução dos fundos da UE NextGeneration".
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