Mortágua confiante que pessoas vão votar "por esperança" e não por medo

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, mostrou-se hoje confiante que os portugueses vão votar "por esperança e convicção" e não por medo do retrocesso, afirmando que cada deputado bloquista será menos um eleito pelos partidos da direita.

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Lusa
08/03/2024 18:25 ‧ 08/03/2024 por Lusa

Política

Bloco de Esquerda

Mariana Mortágua escolheu uma visita à exposição "Factum", de Eduardo Gageiro, para arrancar o último dia de campanha em Lisboa, uma mostra sobre o 25 de Abril que a líder bloquista conheceu, tendo como guia o próprio autor das fotografias e na qual esteve acompanhada pela o antigo candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa e a antiga deputada do BE Ana Drago.

"Tenho a maior confiança que no domingo as pessoas vão votar por determinação, em quem acreditam, com convicção, por este país que querem construir. Tenho a maior confiança que no domingo as pessoas vão votar por esperança do Portugal que querem e não por medo", disse.

Segundo a líder do BE, "à medida que a direita foi desfilando nesta campanha" foi criada a "ideia do retrocesso, a ideia de um Portugal onde não queremos voltar".

"Lutámos tanto para chegar até aqui, para construir as coisas a que nos agarramos hoje e que são a base da nossa democracia e nós queremos avançar. Esta é a minha certeza: depois do que aconteceu nas últimas eleições, depois do que aconteceu com as sondagens, com a maioria absoluta, que este domingo as pessoas votam por convicção e as coisas mais incríveis, mais bonitas da nossa democracia aconteceram quando as pessoas votaram por convicção", defendeu.

Na opinião de Mortágua, "se cada pessoa decidir por si", no domingo é possível "mudar o país".

"Há tantos distritos neste país onde o voto no Bloco é a garantia que é eleito um deputado da esquerda, que tantos distritos voltam a ser representados à esquerda no parlamento e cada deputado da esquerda é a garantia que há uma maioria com a esquerda, que há menos um deputado eleito pelos partidos da direita", apelou.

Segundo a líder bloquista, com uma maioria da esquerda será possível "reconstruir as coisas" que os portugueses mais amam e que mais segurança lhes dá que são "saúde, dignidade, salário, habitação e escola".

"A campanha deixou claro que o que a direita tem a oferecer ao país é um retrocesso. A campanha da direita foi um desfile de fantasmas no Natal passado que não têm para trazer que não seja medo do retrocesso, medo da perda de direitos", respondeu, quando questionada sobre a entrada na campanha da AD do ex-primeiro-ministro e antigo Presidente da República, Cavaco Silva.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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