"Estamos nos 50 anos do 25 de Abril, é um bom momento para afirmar Abril também por essa perspetiva do direito ao voto, que custou tanto a conquistar e era uma boa forma de afirmar Abril com uma grande participação eleitoral", afirmou Paulo Raimundo aos jornalistas, depois de depositar o boletim de voto na urna da secção 16.
O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) salientou também o "esforço muito grande" das pessoas presentes nas mesas de voto para assegurar a normal realização do ato eleitoral e reiterou que uma participação elevada seria "um sinal importante" para estas eleições, desvalorizando as previsões meteorológicas que apontam para chuva ou neve em vários distritos do país.
"Se o tempo não estivesse assim, em particular no Norte, as circunstâncias eram mais favoráveis. Mas penso que se vai encontrar durante o dia as abertas suficientes e necessárias para quem quiser -- e o apelo é para que sejam muitos -- exercer o direito de voto", referiu.
Assegurando que vai procurar "descansar um bocadinho" ao longo do dia e que só irá para Lisboa ao final da tarde, Paulo Raimundo - que foi o segundo líder político de um partido com assento parlamentar a votar, após o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha -- reforçou a sua confiança na afluência das pessoas apesar do mau tempo.
"Quando está muito calor é porque está muito calor e vai tudo para a praia; é o que se diz... e quando está a chover, é porque está a chover. Acho que não, as pessoas quando querem exercer o direito de voto, vêm, independentemente das circunstâncias. Foi assim também na epidemia", concluiu.
As mesas de voto estarão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Concorrem a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.
Leia Também: Raimundo fecha campanha em Braga a lembrar que "a solução está na CDU"