Numa reação aos resultados provisórios das eleições de domingo que dão a vitória à Aliança Democrática (AD), o dirigente liberal disse que, apesar do cenário político não ser ainda claro do ponto de vista da governação, a IL conseguiu "consolidar o projeto liberal em Portugal ao ganhar a simpatia de mais 40 mil portugueses relativamente às últimas eleições".
"E, portanto, estamos na estrada, estamos no caminho, estamos no caminho de tornar Portugal mais liberal", frisou na Estufa em Monsanto, no distrito de Lisboa, onde acompanhou a noite eleitoral, numa altura em que na sala se gritava "Rocha, Rocha, Rocha".
Além dos mais de 40 mil votos alcançados, Rui Rocha destacou ainda o facto da IL se manter como a quarta força política ao reeleger os atuais oito deputados.
E acrescentou: "Deixem-me falar-vos dos resultados que tivemos. Crescemos em votação ao termos mais cerca de 40 mil votos, crescemos em percentagem, mantivemos o grupo parlamentar e consolidamo-nos como quarta força política nacional".
Segundo Rui Rocha, em Portugal "já ninguém tem dúvidas de que o programa e as propostas da Iniciativa Liberal fazem uma enorme diferença e fariam e farão, eventualmente, uma enorme diferença na vida dos portugueses".
"Portanto, esse combate foi ganho", atirou, levando os apoiantes a gritar "liberal, liberal, liberal".
O objetivo traçado pela IL era crescer 50% e eleger 12 deputados, cenário que não aconteceu, situação desvalorizada por Rui Rocha que reafirmou que a IL consolidou a sua posição "num cenário complicado".
"Tínhamos a noção de que era um cenário complicado. Agora, porque é que essa ambição que eu tinha apresentado não foi totalmente conseguida é a interpretação que temos de fazer nas próximas horas", frisou.
A IL fez uma campanha "pela positiva, apresentando soluções, nunca hostilizando os portugueses e sem fazer propostas mirabolantes", sustentou.
Questionado sobre se vai retirar consequências políticas por não ter alcançado o objetivo a que se propôs, Rui Rocha respondeu apenas sentir-se com "uma enorme energia para continuar a defender as ideias liberais".
Já quanto ao crescimento do Chega, partido que quadruplicou o número de deputados, o dirigente liberal referiu que a culpa foi da governação socialista.
"Se o país tivesse tido prosperidade, se os jovens não tivessem de emigrar e se a saúde e a educação funcionassem não estávamos hoje com uma situação de descontentamento que, muitas vezes, é canalizada para as propostas populistas. Portanto, quem falhou foi o PS", concluiu.
Nestas eleições legislativas, a IL obteve 5,08%, o que se traduziu em 312.033 votos e oito mandatos.
[Notícia atualizada às 02h48]
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