PS "não pode alinhar com iniciativas em que o protagonismo" é do BE

O antigo eurodeputado Vital Moreira disse que não concorda com o facto de o Partido Socialista ter aceite "prontamente o convite do Bloco para uma ronda de encontros". "Se quer reconquistar o eleitorado perdido, o PS deve afirmar a sua autonomia política", referiu o constitucionalista.

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Joana Duarte
18/03/2024 16:06 ‧ 18/03/2024 por Joana Duarte

Política

Vital Moreira

O antigo eurodeputado Vital Moreira afirmou, esta segunda-feira, que não concorda com o facto de o Partido Socialista (PS) ter aceite "prontamente o convite do Bloco de Esquerda (BE) para uma ronda de encontros", já que se Pedro Nuno Santos quer liderar a oposição "não pode aceitar alinhar com iniciativas em que o protagonismo é assumido pelo BE". 

"Se quer reconquistar o eleitorado perdido, o PS deve afirmar a sua autonomia política não somente face à direita, mas também face às demais Esquerdas, quer na oposição ao Governo, quer na preparação de uma futura alternativa de governo", escreveu Vital Moreira num artigo de opinião partilhado no Blogue Causa Nossa

O constitucionalista afirmou que com o pedido de reuniões, o Bloco se colocou "em bicos de pés, como campeão da convergência" e acusou ainda o partido liderado por Mariana Mortágua de "ter passado a campanha eleitoral a fazer do PS o alvo principal dos seus ataques". 

Vital Moreira julga ainda que a "insistência numa maioria de Esquerda, mesmo quando ela já era manifestamente impossível, foi um dos fatores que contribuiu para o mau desempenho eleitoral do PS". Assim, o ex-eurodeputado considerou também que "uma "união de Esquerda" na oposição só pode redundar em prejuízo do PS".

O constitucionalista acrescentou ainda que um "acordo sobre uma espécie de "programa comum de oposição"" é algo " totalmente descabido". 

De recordar que o Bloco de Esquerda pediu reuniões com os partidos à Esquerda, para falar sobre acordos de governação, após as eleições legislativas em que Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) e Partido Socialista (PS) conquistaram, respetivamente, 79 e 77 lugares no Parlamento. Por seu lado, o Chega foi o terceiro vencedor, ao conquistar 48 mandatos.

Leia Também: BE pede reuniões à Esquerda por "risco de retrocesso e ameaça a direitos"

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