Continua a polémica em torno daquela que foi a primeira medida visível do novo Governo liderado por Luís Montenegro: a mudança do logótipo da República Portuguesa.
A nova imagem fez regressar "a esfera armilar, com o escudo, quinas e castelos em que o povo português se revê", e passou a ser visível logo na terça-feira, após a tomada de posse do novo executivo, quer na página da Internet do Governo, quer nos emails enviados pela Presidência do Conselho de Ministros.
Para a socialista Isabel Moreira a mudança mais não é que uma "campanha conservadora" e "uma colher de alegria" dada ao Chega.
A deputada do PS recorreu à sua conta no X, antigo Twitter, para fazer referência, de forma irónica, à "primeira medida" do governo de Montenegro.
Primeira medida. Estou à espera da segunda prioridade. https://t.co/lKcmP1WMyS
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) April 3, 2024
Mais tarde, e recorrendo a uma explicação de Ricardo Costa, que na antena da SIC Notícias explicou o porquê de António Costa ter alterado o logotipo, acrescentou: "A quantidade de gente que caiu nesta campanha conservadora é impressionante. Que Luís Montenegro tenha dado uma colher de alegria ao Chega não me surpreende".
A quantidade de gente que caiu nesta campanha conservadora é impressionante. Que @LMontenegropm tenha dado uma colher de alegria ao ch não me surpreende. https://t.co/y4pcDjxvdY
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) April 4, 2024
No vídeo em causa, Ricardo Costa explica que o antigo logotipo é apenas "um símbolo administrativo" que visava ter "utilização digital". Acrescenta ainda que a mudança a que agora se assiste teve início em outubro com aquela que é o "primeiro grande movimento de cultura de cancelamento feita pelo movimento conservador".
Recorde-se que em 2 de dezembro do ano passado, Luís Montenegro tinha-se comprometido a, se fosse primeiro-ministro, deixar de utilizar o novo símbolo institucional do Governo de Costa - que gerou polémica por ter simplificado a imagem, retirando a esfera armilar, as quinas e os castelos.
"É que faz toda a diferença, nós no nosso projeto não fazemos sucumbir as nossas referências históricas e identitárias a uma ideia de ser mais sofisticados, connosco não há disso. Já chega de política de plástico", afirmou então Montenegro, numa iniciativa do Conselho Estratégico Nacional.
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