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BE defende projeto europeu "que não esteja refém" de interesses económicos

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias e ex-coordenadora do partido, Catarina Martins, disse hoje que "é absolutamente imprescindível" um projeto de cooperação que "não esteja refém dos grandes interesses económicos".

BE defende projeto europeu "que não esteja refém" de interesses económicos
Notícias ao Minuto

22:20 - 13/04/24 por Lusa

Política Catarina Martins

"Não só é possível, como é absolutamente imprescindível, nos nossos tempos, um projeto de cooperação que não esteja refém dos grandes interesses económicos e que coloque no centro a democracia e a soberania popular", afirmou Catarina Martins numa intervenção num comício do BE, intitulado "Abril é na Rua!", realizado em Lisboa, a propósito das eleições europeias de 09 de junho, com a presença de cerca de duas centenas de pessoas.

A cabeça de lista do BE às eleições europeias de 09 de junho defendeu "uma política europeia corajosa, que combata desigualdades" e traga a promessa concreta de melhor emprego, de melhor salário, de direito à habitação, à saúde, à educação, à igualdade e à liberdade.

"Sem resignação e sem nenhum desalento, sem nunca desistir de nada, este é o tempo de novas regras e novos tratados, que afastem a austeridade e recuperem a capacidade dos Estados para investir no futuro", declarou a bloquista, acreditando no poder da esperança para uma Europa mais justa.

No âmbito da transição climática, a proposta do BE passa por taxar lucros excessivos, combater 'offshores', impor novas regras de produção e distribuição, investimento público nas cidades e em todo o território, na habitação e na eficiência energética, nos transportes e na energia, "para apoiar quem assume os custos da transição e para criar empregos para o clima".

"A transição que queremos deve ser paga por quem lucra com o modelo económico que provoca a insegurança a nível planetário", apontou Catarina Martins, afirmando que, num momento em que o aquecimento global acelera e a comunidade científica avisa da urgência da descarbonização, "não valem palavras bonitas para pintar de verde o continuado financiamento dos gigantes da indústria fóssil".

Destacando a coragem da luta e da solidariedade, a bloquista recusou a ideia de "pôr as lutas em lista de espera" quando se vão repetindo "ladainhas de mal menor, que mais vale aceitar que fique tudo assim ou virá o papão da extrema-direita", afirmando que isso tem feito crescer a extrema-direita.

"O mal menor prova-se a cada dia sempre o mal maior. O mal menor é a extrema-direita já a determinar o pacto das migrações e o fim do direito de asilo e a criminalização das pessoas migrantes. O mal menor é a casa a preços que ninguém pode pagar. O mal menor é a crise a crescer em todos os serviços de saúde da Europa. O mal menor é este colete de forças que vai tirando a esperança e vai despertando o bafio dos velhos ódios que nos destroem", expôs a cabeça de lista do BE às eleições europeias, reforçando a vontade de lutar por "todas as lutas".

Catarina Martins adiantou que "a utopia é o antídoto contra a barbárie", referindo que será essa a tática do BE nesta campanha eleitoral, por "uma Europa radicalmente democrática, que dê o poder à esperança" e defendendo que "no tempo de todos os perigos, não há tempo a perder".

A candidata do BE abordou também a guerra em Gaza e os bombardeamentos por parte de Israel, apontando que o genocídio é "protegido pela inação, também, europeia": "A credibilidade da Europa como defensora dos direitos humanos morre a cada dia desta inação, aniquila-se por aceitar a aniquilação da Palestina".

"Queremos uma Europa da paz, solidária e defensora dos direitos humanos", reforçou a bloquista.

A encerrar o comício, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, disse que Catarina Martins é "a melhor candidata" que o partido poderia ter como cabeça de lista às eleições europeias e referiu que a sua escolha é a prova do investimento neste ato eleitoral, considerando que a lista candidata é de "gente capaz", com várias causas, desde o clima ao trabalho, do feminismo à imigração.

Os atuais eurodeputados José Gusmão e Anabela Rodrigues serão os números dois e três da lista de candidatos do BE às eleições europeias de 09 de junho, anunciou hoje o partido.

Leia Também: BE aposta no eurodeputado José Gusmão como número dois para as europeias

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