"O grupo parlamentar do Chega enviou hoje à Assembleia Legislativa Regional um requerimento onde pede esclarecimentos sobre nomeações de técnicos superiores especialistas e correspondente remuneração para o gabinete da Presidência do Governo Regional", adianta o partido em nota de imprensa.
O Chega pretende saber "quantos técnicos superiores especialistas foram nomeados na atual legislatura" e os "critérios do nível remuneratório correspondente", considerando as nomeações como "imorais".
"Embora sendo legal, torna-se imoral os membros de gabinetes auferirem mais do que um deputado ou um presidente da Câmara Municipal", critica.
O Chega, que tem cinco deputados no parlamento açoriano, alerta que causou polémica na anterior legislatura a nomeação de técnicos superiores especialistas para o gabinete da Presidência do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), considerando o nível remuneratório daqueles profissionais como uma "afronta para os açorianos".
"É imoral que técnicos superiores, por muito especialistas que sejam, tenham um teto salarial muito acima da média dos açorianos que passam diariamente por dificuldades para pôr pão na mesa", afirma o líder do Chega na região, José Pacheco, citado no comunicado.
O partido diz defender a redução de "todos os cargos de confiança política para metade" de forma a diminuir a "máquina administrativa e burocrática" do Governo Regional.
"Ter técnicos especialistas a receber mais de três mil euros por mês, a que acrescem ajudas de custo e despesas de representação, é uma afronta para os açorianos. Não podemos ter uma máquina do Estado tão pesada", insiste o Chega.
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do Bloco de Esquerda e um do PPM.
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