"Temos uma lista multifacetada, com diversas idades, dos 18 aos 80 anos, temos um equilíbrio de gerações e vamos com o nosso foco, que é tentar lutar por um grupo parlamentar", disse o segundo candidato da lista, Carlos Andrade, aos jornalistas após entregar a candidatura no Tribunal da Comarca da Madeira.
Na ausência da cabeça-de-lista, o candidato sustentou que "a Madeira precisa de gente livre na Assembleia" Legislativa Regional e os elementos da candidatura pretendem dar o seu contributo e "ser parte da solução e não do problema" do Governo Regional.
Questionado sobre as prioridades do Livre nesta região, Carlos Andrade enunciou a justiça social e ambiental, e a mobilidade.
Sobre a campanha eleitoral, adiantou que o objetivo é apostar "mais no contacto direto com as pessoas".
"Quando vou para uma disputa são três os resultados possíveis: o empate, a derrota ou a vitória. Estou a pensar na vitória", declarou o candidato, acrescentando que esta passa por eleger um grupo parlamentar.
Entre as oito candidaturas que conseguiriam eleger deputados nas regionais de setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP "Somos Madeira" teve 58.394 votos (44,31%), o PS obteve 28.840 (21,89%), o JPP alcançou 14.933 (11,33%) e o Chega arrecadou 12.029 (9,13%).
Com a eleição de apenas um deputado, a CDU teve 3.677 votos (2,79%), a IL arrecadou 3.555 (2,70%), o PAN obteve 3.046 (2,31%) e o BE conseguiu 3.035 (2,30%).
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro. O presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, pediu a demissão do cargo depois de ter sido constituído arguido no âmbito naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.
Nas últimas eleições legislativas regionais, em 24 de setembro do ano passado, a coligação PSD/CDS-PP elegeu 23 deputados, o PS obteve 11 mandatos, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto CDU, IL, PAN e BE elegeram um parlamentar cada.
Sem elegerem deputados, o PTT teve 1.369 votos (1,04%), o Livre conseguiu 858 (0,65%), o RIR alcançou 727 (0,55%), o MPT arrecadou 696 (0,53%) e o ADN captou 617 (0,47%).
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