"Fui informado ontem [terça-feira] que o senhor primeiro-ministro, infelizmente, tem a visita de Estado já marcada a Cabo Verde e não poderá estar aqui no congresso", explicou, indicando que, em princípio, será representado pelo secretário-geral, Hugo Soares.
Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita a uma empresa, no Funchal, onde se deslocou na qualidade de presidente demissionário do Governo Regional (PSD/CDS-PP), referiu, por outro lado, que as estruturas do partido ainda não decidiram quem será o candidato da Madeira às eleições europeias de 09 de junho, nem qual a posição na lista.
"Temos o Conselho Nacional na segunda-feira, do qual sou o presidente, para aprovar a lista. Portanto, vamos continuar a negociar", disse.
Miguel Albuquerque vai assumir formalmente a liderança do PSD/Madeira no congresso agendado para o fim de semana, depois de ter vencido as eleições internas em 21 de março com 54,3% dos votos contra 44,5% da lista encabeçada por Manuel António Correia.
Albuquerque lidera a estrutura regional do partido desde 2014 e chefia o executivo madeirense desde 2015, mas demitiu-se do cargo na sequência do processo que investiga suspeitas de corrupção do arquipélago.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro.
Albuquerque pediu a demissão após ser constituído arguido naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.
Na sequência da crise política, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio.
O PSD, que concorreu coligado com o CDS-PP nas regionais de setembro de 2023, avança agora sozinho e Miguel Albuquerque é novamente o cabeça de lista.
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