Melo quer união do CDS-PP que diz ter aprendido com erros
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou hoje que o partido "soube aprender com os erros" nos últimos dois anos e pediu aos centristas união e que abracem "novas causas para serem atuais".
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Política CDS
"Na sequência do que ouvimos, mas principalmente tudo aquilo que fomos fazendo durante dois anos, eu quero-vos dizer que o CDS soube aprender com os erros", considerou.
Esta posição foi defendida pelo líder centrista aos congressistas presentes na 31.ª reunião magna, em Viseu, na fase de encerramento do debate da moção estratégica global apresentada por Nuno Melo, sob o mote "Tempo de Crescer", que acabou por ser aprovada por unanimidade momentos depois.
Melo subiu ao palco para agradecer o debate e as sugestões deixadas pelos militantes e pediu desculpa por algo que considerou não ser culpa sua: momentos antes, pelas 23:00, o ex-secretário-geral do CDS-PP Francisco Tavares tinha subido ao púlpito, mas recusado intervir dada a hora e a sala com poucos lugares ocupados.
"Eu não vou fazer a declaração que tinha. Honestamente, acho um desrespeito que um ex-secretário-geral do partido seja tratado desta forma. Inscrevi-me antes de almoço, estou a falar neste momento com a sala vazia e sem sequer o presidente do partido estar presente", afirmou.
Francisco Tavares, que foi secretário-geral quando Francisco Rodrigues dos Santos liderou o partido, felicitou o presidente do CDS-PP "pelo regresso ao parlamento e ao Governo" e afirmou que Nuno Melo iria gostar da sua intervenção.
"Tenho muita pena, nestas condições, de não poder fazer a minha intervenção", rematou.
Nuno Melo saudou o Francisco Tavares por ter subido ao púlpito "quando já havia poucas pessoas" na sala e frisou que "o partido é de todos e só faz sentido feito com todos".
"Sei bem o que temos de fazer: unir para sermos confiáveis, apresentar soluções para sermos credíveis, abraçar novas causas para sermos atuais, modernizar a linguagem para atrairmos os jovens, respeitar o património de perto de 50 anos para sermos coerentes. Parece pouco mas eu acredito que é o essencial e se assim o fizermos, meus amigos, daqui a dois anos estaremos a celebrar muito mais, sabendo bem que o que hoje celebramos, também não é pouco", rematou.
Momentos antes, o secretário-geral da Juventude Popular (JP), Tomás Amaro Monteiro, anunciou que a moção estratégica global apresentada por esta estrutura, intitulada "Assegurar o Futuro".
Tomás Amaro Monteiro rejeitou "um partido nostálgico" e pediu uma força política "com fome e com raça", voltado "para o futuro, sem medo de ser moderno".
"O CDS pode juntar com a JP, a JP conta que o CDS conte connosco", rematou.
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