Em comunicado, a Comissão Política do Comité Central do PCP destaca "o profundo significado e dimensão da celebração popular do cinquentenário da Revolução", que "encheu praças, avenidas e ruas, afirmando Abril, os seus valores e atualidade".
Para o partido, os milhares de iniciativas realizadas em todo o país "constituíram uma forte expressão da determinação dos trabalhadores e do povo em exaltar e defender os valores, as conquistas e o projeto transformador a que a Revolução deu corpo".
"A imensa participação e os conteúdos das inúmeras manifestações populares demonstraram um enorme compromisso coletivo do povo português em defender a democracia e a liberdade conquistadas em Abril, bem como os demais direitos económicos, sociais, culturais e civilizacionais", lê-se.
O PCP defende ainda que a mobilização é uma "resposta inolvidável aos que tentam apagar o profundo significado desta data e desse tempo fundador e genuinamente novo que se abriu, aos que, inconformados com o que ela representou, a procuram secundarizar, adulterar e diminuir, aos que promovem o branqueamento do fascismo e uma visão reacionária da sociedade".
Foi uma "resposta marcante de gerações inteiras (...) aos que ambicionam fazer retroceder o país aos tempos obscuros que a corajosa iniciativa militar dos capitães e o imediato levantamento popular, traduzido na Aliança Povo-MFA, derrotou", refere-se.
O PCP, sem referir nenhuma força política em concreto, sublinha ainda que a participação "autêntica e massiva" obrigou "a não ficar de fora mesmo alguns que, pelas suas opções e política, procuram negar Abril".
A Comissão Política do Comité Central do PCP saúda todos os que "saíram à rua para comemorar Abril", ao mesmo tempo que afirmaram "a exigência dessa vida melhor que a Revolução anunciou, reafirmando o seu empenhamento em prosseguir a sua intervenção e o seu compromisso com esses objetivos".
"Saúda igualmente todos os que prosseguem a luta contra o revisionismo histórico e o branqueamento do fascismo, registando como uma importante vitória a criação do Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche", que abriu ao público este sábado, sublinha-se.
Para o PCP, "este Abril revela energias e capacidades que importa incorporar na luta dos trabalhadores e das massas populares, com a confiança de que unidos e organizados podem derrotar ataques e tentativas de retrocesso e impor resposta aos seus problemas e aspirações".
"Desde já no 1.º de Maio. (...) A Comissão Política do Comité Central do PCP apela aos trabalhadores e ao povo, aos jovens e às mulheres, aos reformados e imigrantes, para o desenvolvimento da luta no 1.º de Maio e além dele, para que façam ouvir a sua voz em defesa dos seus direitos", lê-se.
O PCP apela à mobilização "por uma política alternativa, que rompa com a política de direita e promova o progresso e o desenvolvimento económico e social que Abril iniciou, um horizonte contrariado por décadas de processo contrarrevolucionária, em prejuízo do povo e do país, uma política alternativa que a situação hoje reafirma como indispensável".
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