AR vai ouvir atuais e ex-ministros e provedores da Santa Casa de Lisboa
A atual e a anterior ministras do Trabalho, a provedora exonerada da Santa casa da Misericórdia de Lisboa Ana Jorge ou o anterior provedor Edmundo Martinho vão ser ouvidos no parlamento depois de terem sido aprovadas as respetivas audições.
© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images
Política Santa Casa de Lisboa
As audições foram aprovadas hoje na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na sequência de requerimentos apresentados pela Iniciativa Liberal (IL), Partido Socialista (PS) e Chega, as duas primeiras aprovadas por unanimidade, a última com a abstenção do Livre.
Deste modo, foram aprovadas as audições, com caráter de urgência, da atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho, da sua antecessora Ana Mendes Godinho, da provedora exonerada da Santa casa da Misericórdia de Lisboa Ana Jorge e do seu antecessor Edmundo Martinho.
Além destes quatro, a comissão aprovou igualmente a audição do ex-secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias -- atualmente deputado na Assembleia da República e presidente da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão -- da ex-vice-provedora da SCML Ana Vitória Azevedo, e dos ex-administradores da Santa Casa Global Ricardo Gonçalves e Francisco Pessoa e Costa.
Os pedidos de audição com caráter de urgência surgiram depois da exoneração da provedora da SCML Ana Jorge e de todos os elementos da Mesa em 30 de abril, para que possa ser esclarecida a situação financeira da instituição e o impacto dos investimentos para a internacionalização dos jogos sociais.
O Governo exonerou a provedora e os elementos da Mesa, com efeitos imediatos, e justificou a decisão com "atuações gravemente negligentes" que afetaram a gestão da instituição.
Posteriormente, numa carta enviada a todos os trabalhadores, Ana Jorge acusou o Governo de a ter exonerado de "forma rude, sobranceira e caluniosa" e que foi apanhada de surpresa.
Ana Jorge tomou posse em 02 de maio de 2023, escolhida pelo anterior Governo socialista de António Costa, e herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, depois dos anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela administração do provedor Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.
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