O líder do Chega, André Ventura, reagiu, esta quinta-feira, à aprovação da proposta do Partido Socialista, que prevê o fim das portagens nas ex-SCUT.
"Mais uma vez uma prova da enorme incapacidade deste Governo da AD em legislar e em legislar de acordo com aquilo que devia ser o corte definitivo com a página que virámos a 10 de março", afirmou, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.
Ventura sublinhou ainda que o partido que lidera tentou ainda sensibilizar o Governo para o fim de todas as portagens - e não só do interior e do Algarve - e que seria importante dizer aos portugueses em quanto anos em que terminavam todas as portagens. "O Governo optou por não o fazer. Optou por manter aquilo que tinha e por procurar condicionar a Assembleia, falando de coligações ou alianças negativas", acusou.
O Chega votou favoravelmente à proposta do Partido Socialista, tendo, antes da votação, explicado que o durante a campanha eleitoral defenderam o fim de todas as portagens "de forma clara e explícita".
"É verdade que o projeto do Partido Socialista transmite uma enorme hipocrisia ao país. A hipocrisia de quem não o fez em oito anos e quer agora fazê-lo um mês depois das legislativas. Mas ao fim do dia, quando os portugueses chegarem a casa, não lhes vai preocupar quem aprovou o quê. Nem se houve ou não hipocrisia. Vai-lhes interessar o que sempre interessou ao Chega: Pagaremos menos de portagem ou não pagaremos portagem, em zonas essenciais e decisivas do nosso território. Em zonas abandonadas e desconsideradas, que há muito mereciam este gesto", justificou.
O presidente do Chega apontou ainda que "mais uma vez o Governo de Luís Montenegro está do lado errado da História" e que para além de ter sido confrontando na Assembleia, "foi derrotado".
"Mais uma vez foi confrontado e derrotado na Assembleia, numa votação que nem sequer devia ter sido de grande divisão", afirmou.
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