O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) às Eleições Europeias, Sebastião Bugalho, comentou as reações às suas prestações nos debates políticos, em entrevista à SIC Notícias, esta quinta-feira.
"É verdade que os debates que são sobre a democracia e o nosso futuro, me entusiasmam. Julgo que os debates têm sido positivos e, essencialmente, sobre matérias europeias", começou por dizer, depois de ser confrontado com algumas reações às suas intervenções por parte de comentadores políticos, que dão conta de um tom mais agressivo, mais altivo, nas respostas perante os restantes candidatos.
Em resposta, Bugalho afastou ambiguidades: "Que eu tenha dado conta, nenhum dos cabeças de lista se queixou de qualquer modo como qualquer debate ocorreu. Até nas entrevistas pós-debate, temos estado todos satisfeitos. Se houve alguma polémica em algum debate, eu, naqueles em que participei, não dei por ela, e tenho feito alguns".
Na mesma entrevista, admitindo poder ser "irónico" ser o próprio a fazer tais declarações, o cabeça de lista da AD às Europeias garantiu que a sua "preocupação" e a sua "entrega" é "aos eleitores, não é aos comentadores". "Já passei essa fase", gracejou o antigo comentador político.
Estou concentrado e empenhado em trabalhar para ganhar
Já sobre questões europeias e eventuais coligações na sequência das eleições, Bugalho explicou quais são as linhas "intransponíveis" do partido: A "defesa da democracia", do "Estado de Direito" e "da Ucrânia".
Para o candidato da AD, "se entrarmos na discussão europeia confundindo os partidos nacionais com a sua família política europeia comunitária, vamos cometer injustiças".
Em simultâneo, Bugalho enalteceu que o Governo da AD, em Portugal, "tem cumprido e mostrado que está a cumprir", missão que quer transpor para o patamar europeu. "Estou concentrado e empenhado em trabalhar para ganhar", prometeu, afirmando que espera poder "celebrar" após as eleições de 9 de junho e que a meta "honesta" será "manter" a atual delegação, que são sete eurodeputados.
Mas "tudo aquilo que for crescer, é bom", retorquiu, admitindo que, se o país fosse a eleições legislativas antecipadas - algo que lhe parece improvável -, "continuaria" a dar o seu contributo no Parlamento Europeu, devido ao seu "compromisso de honrar o mandato".
"Tenho esperança que os meus adversários possam ter esse compromisso também. Não vou para o Parlamento Europeu passar férias, vou para defender os portugueses na Europa", vaticinou.
[Notícia atualizada às 19h53]
Leia Também: Bugalho com "confiança" que o "bom senso impera no Parlamento português"