"Muito desfavorável", CDU promete continuar "o combate"
O coordenador regional da CDU (PCP/PEV) na Madeira, que falhou a eleição de deputados nas eleições regionais antecipadas de domingo, admitiu que estar fora da Assembleia Legislativa é "muito desfavorável", mas prometeu continuar "o combate".
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Política Eleições/Madeira
Numa reação aos resultados oficiais provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), Edgar Silva reconheceu que a saída da Coligação Democrática Unitária (CDU) do parlamento regional é "um fator muito desfavorável".
Porém, "não é novo o facto de a CDU perder representação parlamentar", recordou, prometendo prosseguir com "o combate".
De acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do MAI, a CDU conseguiu 1,63% dos votos (2.217) e foi a oitava força política mais votada entre as 14 que concorreram.
Edgar Silva -- o único eleito pela CDU nas últimas eleições, em setembro de 2023 -- recusou considerar o resultado eleitoral "ingrato", optando por lamentar que a Assembleia Legislativa madeirense perca a voz da CDU pelo que traz de "compromisso com a justiça social".
Agora, alertou, "o povo contará com menos meios para defesa das suas justas reivindicações" e, fora do parlamento, a CDU terá "menos meios de intervenção política".
Questionado pelos jornalistas sobre o impacto de a esquerda ficar representada no parlamento regional apenas pelo PS, respondeu com ironia - "acha?" -- para de seguida assegurar: "Vamos trabalhar".
A par da CDU, também o BE falhou a eleição de deputados nas eleições regionais antecipadas da Madeira.
Esta é a terceira vez que tanto a CDU como o BE falham a presença no parlamento da Madeira.
Com a saída destas duas forças, a Assembleia Legislativa da Madeira fica com representantes de sete partidos políticos: PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP, IL e PAN.
As eleições deste domingo foram ganhas pelo PSD, que obteve 36,13% dos votos (49.103) e elegeu 19 deputados, tendo falhado a meta dos 24 para conseguir maioria absoluta.
Seguiu-se o PS com 11 deputados, o JPP que subiu para nove deputados, o Chega conseguiu quatro, o CDS-PP dois e a IL e o PAN elegeram um representante cada.
Catorze candidaturas disputaram os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
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