Estas posições foram assumidas no debate com os candidatos de todos os partidos com representação parlamentar, emitido pela RTP, e que decorreu no campus da Universidade Nova SBE, em Carcavelos.
A guerra na Ucrânia, que tem marcado o arranque da campanha às eleições europeias agendadas para 09 de junho em Portugal, também entrou neste debate com o número um da AD, Sebastião Bugalho, a considerar o dia de hoje, em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou Portugal pela primeira vez, um "dia de festa".
"É um dia de festa para a democracia portuguesa", afirmou o cabeça de lista da AD ao Parlamento Europeu.
Sebastião Bugalho disse tratar-se de um "dia de festa" porque Portugal mostrou, no ano em que assinala os 50 anos do 25 de Abril, que está "ao lado da paz, da Europa e dos ucranianos".
Entendimento diferente teve a candidato do PS, Marta Temido, que contra-atacou apontando imaturidade a Bugalho ao dizer que é um "dia de festa" um Presidente de um país em guerra vir pedir ajuda a outro país.
"É uma demonstração de imaturidade brutal dizer que hoje é um dia de festa", insistiu.
Discórdias à parte, a cabeça de lista do BE, Catarina Martins, frisou que "não deve haver ligeireza nesta discussão" e que a Ucrânia tem direito a defender-se.
O primeiro da lista da IL, João Cotrim de Figueiredo, defendeu que Portugal deve continuar a apoiar incondicionalmente a Ucrânia para que este país "reganhe a sua soberania" e decida se quer pertencer à União Europeia e à NATO.
Por seu lado, o candidato do Chega, Tânger Corrêa, sublinhou que para haver paz tem de haver força porque "não é uma Ucrânia em estado de fraqueza que vai negociar a paz".
Para o candidato da CDU, João Oliveira, insistir em dar armas à Ucrânia não é apoiar aquele pais, apoiar seria insistir num acordo de paz.
Do lado do PAN, Pedro Fidalgo Marques, alertou que além de olhar para a questão do drama humanitário naquele país em guerra é preciso olhar para a questão ambiental, nomeadamente para a contaminação dos solos.
Na visão do candidato do Livre, Francisco Paupério, cabe à Ucrânia decidir como "ataca esta guerra", lembrando que "há sempre o risco de este conflito escalar".
O Presidente da Ucrânia deixou Lisboa hoje ao início da noite, após uma visita de cerca de seis horas.
O avião que transportou Zelensky descolou às 21h02 de Lisboa, onde tinha aterrado pelas 14h50, depois de o chefe de Estado ucraniano ter estado em Bruxelas durante a manhã e em Madrid na segunda-feira.
Leia Também: Mais de meia centena de ucranianos expressam em Lisboa apoio a Zelensky