"Espero que essas investigações conduzam rapidamente a conclusões para que se possa perceber e assacar responsabilidades e que aqueles que estão ao serviço dos interesses russos quer à extrema-direita, quer à extrema-esquerda do Parlamento Europeu sejam devidamente penalizados", afirmou hoje o candidato liberal aos jornalistas, no final de uma visita a um `stand´ automóvel em Gondomar, no distrito do Porto.
O primeiro da lista da IL reagia às buscas que estão a ser feitas nos gabinetes de um colaborador do Parlamento Europeu em Bruxelas e Estrasburgo, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de ingerência russa e corrupção.
"Eu temo, sobretudo, é que isto não seja apenas um caso isolado de tentativa de interferência, neste caso, interesses russos", referiu.
João Cotrim de Figueiredo manifestou-se "muito preocupado" por a Europa "só agora estar a acordar" para este tipo de ameaças e crises.
E acrescentou: "É muito importante que os europeus tenham consciência que os seus, o seu modo de vida e os seus valores estão a ser atacados às vezes por formas nada visíveis e nada evidentes".
O cabeça de lista da IL às eleições de 09 de junho considerou que os portugueses podem estar descansados porque, em Portugal, "há quem esteja atento a este fenómeno e há quem esteja preparado para combater sem trégua as pressões e interesses estrangeiros".
Segundo uma fonte próxima do caso, as buscas em curso visam um antigo assistente parlamentar do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
De acordo com o Ministério Público belga, as buscas também decorriam na casa deste suspeito, Guillaume Pradoura, em Bruxelas.
Krah é atualmente assistente parlamentar do eurodeputado neerlandês Marcel de Graaff, membro do Fórum para a Democracia, um partido eurocético e conservador holandês.
Nas eleições europeias, que em Portugal se realizam a 09 de junho (com voto antecipado no dia 02), serão escolhidos 720 eurodeputados, 21 dos quais portugueses.
Concorrem às eleições em Portugal um total de 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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